Como foi prometido, o procurador-geral de Justiça de Santa Catarina, Gercino Gomes Neto, entregou às 18h desta sexta-feira a manifestação do Ministério Público sobre as denúncias que envolvem o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) e a Arrows Petróleo do Brasil.

Esta era a parte do processo que faltava para que a relatora, desembargadora Salete Silva Sommariva, possa formar seu voto aceitando ou não as acusações.

Gercino limitou-se a dizer que se trata apenas de uma "formalidade processual". Nas 42 páginas, o procurador-geral pede o recebimento da denúncia e rebate os argumentos das defesas apresentadas pelos sete denunciados.

Como alguns advogados também apresentaram documentos, o Ministério Público pode ainda pedir a impugnação de alguma prova. Pela lei, Gercino teria cinco dias de prazo para se manifestar, mas cumpriu o que prometeu na sessão do Órgão Especial da última quarta-feira.

Na oportunidade, o procurador-geral se comprometeu a fazer a entrega até sexta-feira, como uma demonstração da vontade do Ministério Público em acelerar o caso. O objetivo é que a denúncia possa ser julgada até o dia 31 de março, caso contrário, se Pavan assumir definitivamente o governo em 3 de abril, o processo é enviado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Ministério Público passa a ser representado pela sub-procuradoria geral da República.

A relatora do processo, já declarou a intenção de colocar o caso em pauta em uma sessão extraordinária no dia 31 de março.