Às vésperas do jogo contra o Botafogo, o técnico do Avaí, Toninho Cecílio, não fez cerimônia. Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira, dia 21, na Ressacada, ele deixou claro a maneira como quer ver o time dentro de campo, jogando para a frente, sem medo. A missão é conquistar a vitória para ganhar fôlego na competição e ficar mais perto dos clubes que estão fora da zona de rebaixamento do Brasileiro.

Toninho sabe que o tempo para reagir está se esgotando e, por isso mesmo, combinou com os jogadores um plano de ação ousado. A partir de agora, o Leão disputa um outro campeonato e nele terá de somar o maior número de pontos possíveis para terminar a temporada na Primeira Divisão.

— É um movimento importante (esquecer o passado e começar um novo campeonato), que partiu do grupo e da comissão técnica, mas o principal é chegar na partida e fazer o que fizemos contra o Inter, no Beira-Rio, e jogar de igual para igual — afirmou.

O que preocupa o treinador são os "apagões" do sistema defensivo. Segundo ele, soluções estão sendo aplicadas para resistir à pressão adversária quando a equipe tem a vantagem no placar.  

—  Há maneiras de segurar mais a bola na frente, quebrar o ritmo de adversário. O jeito é trabalhar muito a cabeça do atleta, mentalizar a força. O time que se desequilibrar nessa reta final vai sucumbir — disse.

Contra o Botafogo, Toninho terá a volta do meia Lincoln, que cumpriu suspensão automática diante do Inter, e do lateral direito Daniel, impedido de atuar por causa de uma cláusula contratual. Outras mudança é a entrada do zagueiro Caçapa, recuperado de lesão no joelho.

Questionado se as constantes mudanças na escalação poderiam estar prejudicando o time, Toninho foi enfático:

— Eu poderia pegar essa bengala para mim, mas não vou pegar. Acho covardia. Todos os adversários passam por isso e eu preciso confiar no meu grupo. Perdi o Pedro Ken e o Lincoln contra o Inter, mas a equipe fez uma bela apresentação. É questão de encaixar as peças e acreditar em quem vai entrar. Sou uma pessoa que assume responsabilidades. Nunca lamentei ausência de jogador. Tenho que trabalhar e arrumar soluções. Treinador é pago para isso — declarou.

Também recuperado de lesão, Pedro Ken não tem retorno garantido. Toninho deixou aberta a possibilidade de escalar Lincoln, Robinho e Cleverson no meio, com o atacante William na frente.

— Não decidi ainda. Tenho três vagas para dois jogadores: Cleverson, Robinho e Pedro Ken. Treinei quinta-feira sem o Pedro Ken, até porque ele vem se recuperando de um desconforto muscular. Mas a equipe está acostumada a jogar com ele. Hoje (sexta-feira) testei outra movimentação. Vou decidir momentos antes do jogo — ressaltou.

Após o treino desta manhã, o grupo iniciou a concentração para a partida deste sábado, contra o Botafogo, às 18h, na Ressacada.

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