O capitão William, maior símbolo avaiano na luta contra o rebaixamento no Brasileirão, perdeu o chão após desperdiçar o pênalti contra o Atlético-GO. Mas tirou forças da própria torcida para não desistir. Quinze minutos depois, o camisa 9 ouviu o seu nome gritado pelos torcedores quando o juiz marcou uma nova penalidade máxima. 

— Foi o gás novo, aquele ânimo, aquela coragem para poder ir lá, bater o pênalti e conseguir fazer o segundo gol — confessou o atacante.

A confiança depositada em William pela torcida avaiana é fruto de uma relação que começou ainda em 2008, quando o jogador chegou à Ressacada e participou de forma efetiva do acesso à Série A. No ano seguinte, seguiu no Leão e contribuiu para a melhor campanha de um time catarinense na competição. Depois de um início ruim, o Avaí terminou em 6º lugar.

Após ter defendido o Grêmio e a Ponte Preta, o atacante retornou à Ressacada em 2011. Hoje, representa a verdadeira essência de um capitão. William não é apenas o artilheiro na temporada, com 26 gols, mas se tornou um líder dentro e fora de campo. É no atacante que a nação azurra se identifica e mantém a esperança de seguir na elite do futebol nacional. Tanto que a campanha do clube pela permanência na Série A é estrelada por ele. 

— Lógico que isso tem um peso, mas o jogador tem que estar preparado para todas as situações.

Mesmo assim, em sua simplicidade e humildade, o camisa 9 garante que todo o elenco está empenhado em tirar o Avaí dessa situação. E deixa claro que o caminho é difícil, mas que a diferença é de apenas cinco pontos para o Cruzeiro, primeiro time fora do Z-4. Para isso, espera continuar com o apoio dos avaianos. 

— Eles têm uma paixão que é fora de série — resume.