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Esportes  | 25/08/2011 08h10min

Vitor Belfort critica jogadores de futebol e defende o MMA: "Vamos mostrar a seriedade do UFC"

Carioca aguarda a definição do presidente do UFC para saber se será o desafiante ao cinturão dos médios

Tomás Hammes  |  tomas.rodrigues@rbsonline.com.br



Empolgação e profissionalismo. As duas palavras resumem bem o momento vivido hoje pelo lutador Vitor Belfort. Após derrotar o japonês Yoshihiro Akiyama, o brasileiro aguarda a definição do presidente do UFC, Dana White, para saber se será o desafiante do vencedor da luta pelo cinturão dos pesos médios, entre Anderson Silva e Yushin Okami, no UFC 134, que ocorrerá no Rio de Janeiro, neste sábado, a partir das 22h.

O evento, que retorna ao país após quase 14 anos, terá o carioca exercendo uma outra função. Vitor será comentarista pela RedeTV. Com um discurso tão contundente como seus diretos e cruzados, o ex-jogador das categorias de base do Flamengo arrisca dizer que o MMA se aproximará do tamanho do futebol no Brasil, inclusive, mostrando mais seriedade do que o esporte mais popular do país:

– Demorou, mas chegou. Agora vai ficar. Vamos mostrar a seriedade do UFC e o valor da marca. A importância das pessoas que trabalham lá. Elas dão o máximo, principalmente, os atletas. Eles estão, literalmente, lutando e mostrando o respeito pelos que pagam o ingresso. Não como o futebol, onde muitos atletas não jogam com seriedade nem têm dedicação na carreira. Saem para a “noitada” o tempo inteiro. Vão educar os jogadores e torcedores de futebol. Esporte tem que ter respeito. Não pode ter violência, e a luta mostrará isso.

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Na primeira edição, o marido de Joana Prado - que fez sucesso no Brasil entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000 com a personagem Feiticeira - enfrentou o compatriota Wanderlei Silva. Na época, Vitor, já em evidência como uma das estrelas do torneio, não teve dificuldades de derrotar aquele que se tornaria o grande astro do Pride - campeonato que ocorreu no Japão e que foi um dos maiores do MMA, junto com o UFC. O carioca precisou de apenas 44 segundos para terminar com a luta. Belfort atravessou o octógono desferindo socos no curitibano.


Foto: Ismar Ingber, UFC


Questionado sobre a vitória, o Fenômeno, como é conhecido, rechaçou ter sido seu triunfo mais respeitável. Mas o atleta, de 34 anos, não perdeu a oportunidade de dar uma alfinetada em Wand, apesar de reconhecer o grande atleta que é:

– Não foi minha luta mais importante. Ele ainda não era famoso, estava começando. Entrou de paraquedas naquele evento. Graças a Deus, (a vitória) marcou, principalmente, pelo lutador que ele se tornou.

Wanderlei já declarou que gostaria de lutar contra Vitor novamente. O carioca, no entanto, descarta uma revanche no momento. Com a língua afiada, sustenta que o foco é disputar contra os principais nomes dos médios:

– Na atualidade, não. Ele precisa vencer algumas lutas. Vem de muitas derrotas. Tem que ver como está a saúde dele. É o que o Dana está prezando. Ele não está nem entre os 10 melhores da categoria.

Foto: Wander Roberto, UFC


Vitor descarta uma comparação entre as duas edições. Comenta a proporção que tomou o MMA, "o esporte que mais cresce no mundo". Vê na entrada de Dana White e dos irmãos Lorenzo e Frank Fertitta a retomada do torneio. Quando compraram, em 2001, por US$ 2 milhões, estava próximo da falência. Para recolocarem o UFC no topo, investiram em divulgação, publicidade e profissionalizaram a competição.

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O agora comentarista aposta que será, após muito tempo, o ponto que faltava para popularizar de vez a modalidade. Lembra que já tinha aconselhado Sílvio Santos, dono do SBT, a comprar os direitos em 2002.

– Ele deve estar muito arrependido – conjectura.


Foto: Divulgação, UFC


Belfort ainda virou embaixador do UFC. Será um dos representantes para difundir ainda mais o esporte no Brasil. Os eventos do torneio no país não se restringirão à competição deste final de semana. Em 2012, Manaus receberá outra disputa em agosto, no sambódromo da capital amazonense. O reality show The Ultimate Fighter ocorrerá no Brasil, ainda sem data e local definidos. Enigmático, Vitor não confirmou se será ou não técnico dos postulantes ao emprego.

O astral e a confiança do Fenômeno estão mesmo em alta. Com seis vitórias nas últimas sete lutas, das quais cinco por nocaute, não perde o foco do cinturão. E não esconde: quer desafiar o vencedor de Anderson Silva e Yushin Okami. O chute do Spider, apelido de Anderson, aliás, no UFC 126, foi visto não como uma surpresa, mas como o único golpe que poderia derrubá-lo. Belfort dá os méritos ao campeão, sem deixar de frisar que "era a única chance que tinha para vencer".


Foto: Divulgação, UFC


Vitor entende que o triunfo sobre Akiyama no UFC 133 provou que está pronto para lutar pelo título. A vitória com menos de dois minutos no primeiro round apresentou o estilo que o consagrou: a busca incessante pelo nocaute. E avisa:

– O Fenômeno está de volta.

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