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Esportes  | 02/08/2011 16h03min

Com um mês de Grêmio e 33,3% de aproveitamento, Julinho tem respaldo de Pelaipe

Dirigente cita Mano Menezes como exemplo ao falar da manutenção do atual técnico

No meio futebolístico, Julinho é reconhecido como um estudioso. Mas, até o momento, não conseguiu colocar em prática o que de fato deseja ao Grêmio: vitórias. De preferência, em sequência. Em um mês no comando técnico do time, o treinador tem cinco jogos, com apenas uma vitória, duas derrotas e dois empates, um deles em casa, contra o América-MG (atual lanterna do Brasileirão, com oito pontos).

Além dos resultados, a esperada melhora também não apareceu, mas o próprio Julinho já previa que teria no máximo seis meses para mostrar a que veio ao Olímpico. Restam cinco. Neste caso, um mês de trabalho equivale a somente 16,66% do tempo estipulado em contrato para a permanência do treinador.

A chegada de Paulo Pelaipe para assumir o vestiário como diretor executivo, dá respaldo a Julinho. Quando Renato saiu do clube, o dirigente enviou um SMS ao presidente Paulo Odone sugerindo o nome do técnico, que estava no Inter como auxiliar de Falcão.

— Esse grupo tem condições de reverter, temos alguns bons jogadores. Temos que dar tempo ao Julinho. Ele é o treinador do Grêmio — disse Pelaipe, que completou: — Cito o Mano Menezes. Depois do Anapolina, todo mundo queria tirar o Mano (derrota por 4 a 0). O Julinho vai ganhar da minha pessoa a retaguarda para executar toda a sua capacidade profissional.



Foto: Tatiana Lopes


Quando chegou ao clube, em 2 de julho, Julinho foi elogiado por dirigentes e jogadores. O goleiro Marcelo Grohe, por exemplo, que virou titular devido à convocação de Victor para a Copa América, definiu o chefe como um estrategista.

No entanto, a cultura do trabalho e do reconhecimento desse mesmo trabalho do treinador de futebol, no Brasil, tem tons de imediatismo. Se os resultados não aparecem, o comandante é cobrado, vaiado e, em seguida, dispensado. E, até o momento, Julinho também não conseguiu mostrar a produtividade e uma evolução capaz de encher os olhos dos gremistas.

A defesa que vaza, o goleiro que falha, o meio-campo pouco produtivo e o ataque ineficiente revelam que Julinho ainda tem muito trabalho pela frente. E talvez pouco tempo. Em 25 de julho, após o empate em casa com o América-MG, ele revelou que "o vestiário está machucado", destacando a dificuldade que o grupo enfrenta por trabalhar em um ambiente tenso. Frisou, no entanto, dois dias depois, que não iria fugir do momento difícil.

— A gente vai passar por dificuldade mais à frente também, mas vamos trabalhar forte sem se esconder ou passar responsabilidades. São 25 dias, mas não vamos fugir.

Também com a tarefa de sacudir o vestiário, Pelaipe garante que os jogadores darão a volta por cima a partir dos próximos jogos.

— Nós vamos fazer voltar a autoestima dos jogadores, é essa a obrigação que eu tenho. E dar segurança ao treinador, nós conhecemos ele, temos que dar respaldo — destacou.

Se treinador precisa de tempo para mostrar serviço, Julinho provavelmente terá mais oportunidades para provar que pode melhorar o time do Grêmio dentro de campo. E para a torcida, fora dele.



O Grêmio de Julinho Camargo
Cruzeiro 2 x 0 Grêmio
Grêmio 2 x 0 Coritiba
Figueirense 0 x 0 Grêmio
Grêmio 1 x 1 América-MG
Flamengo 2 x 0 Grêmio
Aproveitamento: 33,3%


Próximos jogos
03/08 - Grêmio x Atlético-MG
06/08 - Palmeiras x Grêmio
14/08 - Grêmio x Fluminense





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