Esportes | 15/03/2011 17h39min
Foi um trote. Pelo menos é o que diz Renato Portaluppi sobre a entrevista que concedeu por telefone, desde Lima, ao jornalista Jorge Kajuru. Há poucos minutos, antes de entrar no ônibus da delegação para o treino no CT do Universidad San Martín, o técnico parou para improvisada e curta coletiva na calçada do Hotel Double Tree, no elegante bairro de Miraflores.
— Dormi pouco, viajei cinco horas e, quando cheguei a Lima, fui dormir. O telefone tocou, atendi. Pensei que fosse um trote, resolvi aplicar e me dei bem. Recebo de oito a 10 trotes por dia. Hoje me dei bem — disse, sorrindo, antes de embarcar no ônibus.
Renato desceu do seu quarto acompanhado do vice de futebol, Antônio Vicente Martins, e do diretor José Simões. Vicente desconversou, com um pequeno sorriso, e disse que Renato era quem deveria responder:
— Falem com ele, falem com ele. Renato, está autorizado a dar coletiva.
Renato concedeu a coletiva. Jurou ter aplicado um trote. E foi para o treino, com jogadores assustados pela repercussão da notícia.
Foto: Leonardo Oliveira
Em Porto Alegre, onde resolve questões relativas ao Gauchão, o diretor César Cidade Dias confirma a versão apresentada por Renato e reitera a permanência dele no comando do time.
— Conversei com o Renato. Ele teve uma conversa com o Kajuru, mas tudo não passou de uma brincadeira. Nada de concreto. Ele estava brincando com o Kajuru – disse César Cidade Dias.
O empresário do técnico, Gerson Oldenburg, afirmou não ter recebido nenhuma ligação do Fluminense. Gauchinho, como é conhecido, ainda diz desconhecer a entrevista do jornalista com o comandante tricolor:
— Não houve nenhum contato.
Logo após os desdobramentos da notícia, o jornalista Jorge Kajuru conversou com internautas por webcam e afirmou não acreditar que Renato tenha brincado que iria para o Fluminense. Ele ainda acredita ter feito um "bem" para o Grêmio, alertando sobre uma eventual saída do técnico do Olímpico.
— Creio que o Renato queria que a notícia fosse para o ar. Deve estar insatisfeito com o que ganha no Grêmio, por tudo que representa e fez pelo clube desde que assumiu no ano passado — opinou.
Em março, Renato completa sete meses à frente do Grêmio. Neste período, foram 42 jogos, com 24 vitórias, 10 empates e 8 derrotas.
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