O time é da Bolívia, mas o que menos há no Jorge Wilstermann, adversário do Inter nesta quarta, pelo Grupo 6 da Libertadores, são bolivianos. Do provável time titular, só o volante Victor Melgar nasceu no país.

Os outros formam uma legião sul-americana: tem peruano, argentino (cinco só no time que costuma entrar em campo e sem contar o técnico Marcelo Neveleff), brasileiro, peruano, uruguaio e colombiano. Quando o Jaguares venceu por 2 a 0, um jornal de Santa Cruz de la Sierra, o El Deber, até brincou: Jaguares 2x0 Resto do Mundo.

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Entre os brasileiros, o mais conhecido aqui na Bolívia é o goleiro gaúcho Mauro Machado, El Condor, que foi descoberto por um empresário voando no ângulo nos campinhos do bairro Sarandi, em Porto Alegre, e até vôlei jogou para complementar a renda em La Paz nos anos difíceis, quando ganhava algo perto de um salário mínimo.

Mauro veio para cá no final dos anos 90 e venceu. Atuou nos grandes clubes locais: Bolívar, Oriente Petroleiro, The Strongest, Jorge Wilstermann. Chegou a disputar uma final de Sul-Americana contra o Boca Juniors, pelo Bolívar, em 2001. Aos 36 anos, é ídolo.

Há outros brasileiros menos conhecidos entre "los aviadores", como são chamados os torcedores do Jorge Wilstermann, homenagem ao fundador que deu nome ao clube. É o caso do atacante Fábio Mineiro, 21 anos, que veio da Paraíba. Ou o meia Donizette, 27, que veio do Mato Grosso. A arma secreta amanhã ser um lateral-esquerdo colombiano, Zapata, que anda zunindo nos treinos e estava na reserva do argentino Ojeda.

O fato é que o Inter enfrentará não um time boliviano, mas uma legião estrangeira nesta quarta, no estádio Felix Capriles, em Cochabamba, pelo Grupo 6 da Libertadores. A direção colocou 22 mil ingressos à venda. A capacidade total é 30 mil.