Reina grande expectativa na delegação do Inter que está na Bolívia. Hoje o técnico Celso Roth comanda um treino no CT do Blooming, aqui em Santa Cruz de la Sierra.

Será o único trabalho no país antes da partida de quarta, às 19h30min (horário brasileiro), contra o Jorge Wilstermann, na altitude de Cochabamba, para onde a delegação segue à noite.

A pergunta que se fazem jornalistas e também alguns brasileiros que encontrei por aqui é a mesma: depois daquele jogaço contra o Ypiranga e da atuação destacada no empate em 3 a 3 diante do Caxias, Oscar voltará ao banco de reservas?

Seria estranho e injusto com o jovem talento colorado, mas pode acontecer.

O currículo de Roth indica que sim: é possível sacar uma jovem promessa que precisa pegar ritmo para confirmar o seu potencial de craque logo ali adiante, em nome de se defender fora de casa.

Mesmo que seja contra o lanterna do Grupo 6 da Libertadores com zero ponto em dois jogos. Um time que, este ano, disputará a segundona boliviana.

Pode pintar um meio campo com Bolatti, Mathias, Guiñazu e Tinga.

Três volantes e um meia que, durante boa parte da carreira, atuou nesta função. Seria um meio-campo sem nenhum jogador agudo de ataque. Um recorde para o próprio Roth, embora ele já tenha escalado, no passado, Anderson, Fernando, Enciso e Marcelo, nos anos 90.

A diferença é que lá não havia tantas opções. Era outro Inter, em outra época. Agora há Oscar pedindo passagem, Sobis, o próprio Cavenaghi. Todas alternativas de qualidade.

Roth pode escalar Oscar no lugar de Zé Roberto ou até no de Tinga, mas não custava nada arriscar só um pouco, quase nada, retirando um volante (Matias). Ficariam ainda Bolatti, Guiñazu e Tinga para marcar.

Quem sabe Roth não contraria Roth e arrisca?

Bem, mas só o treino desta terça aqui em Santa Cruz de la Sierra responderá a grande dúvida da conexão boliviana colorada rumo ao tri da América — isso se Roth não emplacar um mistério para enfrentar o Jorge Wilstermann: Oscar será sacado do time na Bolívia?