Com Lúcio e Adilson ainda como dúvidas para o jogo diante do Caxias, pela final da Taça Piratini, o volante Fernando, que completou 19 anos na última quinta, pode ganhar uma chance desde o início na partida que irá definir o campeão do primeiro turno do Gauchão. O jogador voltou muito valorizado depois das belas apresentações pela seleção brasileira sub-20, durante o Sul-Americano da categoria.

Apesar da pouca idade, Fernando, 1,73m, está no grupo de profissionais desde 2009, quando foi promovido pelo técnico Paulo Autuori. Natural de Erechim, o jogador tem como característica principal a marcação, mas também tem um bom passe e chega muito bem para reforçar o sistema ofensivo quando necessário.

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A facilidade com a bola nos pés fez com que o técnico Silas o utilizasse em outra posição. Durante todo o tempo em que treinou a equipe do Grêmio, tentou aproveitar Fernando na meia, jogando mais adiantado. Não deu certo.

Com Renato, Fernando novamente passou a ser volante. Muitos entendem que a titularidade é apenas uma questão de tempo. O repórter de Zero Hora, Diogo Olivier, acha que o jogador pode ser a solução para arrumar a meia-cancha tricolor:

– Se o Grêmio não der uma chance de verdade a um volante da base que marca e sabe jogar como Fernando este ano, então o mais justo é deixá-lo ir embora tocar sua vida. É titular absoluto das seleções de base da CBF há alguns anos, foi bicampeão brasileiro de juniores no Olímpico e, agora, no Sul-Americano, segurou as pontas quase sozinho no meio-campo quando todo mundo se mandava para o ataque – disse Diogo Olivier.

O colunista Luiz Zini Pires também entende que o jogador já deveria ter tido mais oportunidades de Renato:

– Por enquanto, Fernando jogou na seleção, No Grêmio nunca ganhou uma sequência de partidas. Sempre entrou com a obrigação de jogar tudo o que sabe em 20, 30 minutos. Aí, não tem quem resista.

Para Zini Pires, o técnico Renato tem um meio-campo desenhado em sua cabeça e Fernando não está presente. Ele não acredita em uma titularidade imediata do jogador:

– Ele só vai ser chamado numa emergência. Não vai ter as oportunidades naturais de entrar aos poucos, errar, acertar, se formar. Sei que a direção gosta dele e confia no seu potencial. Tanto que havia liberado William Magrão para o Corinthians (depois o negócio não saiu), porque acha que Fernando pode ocupar seu lugar no time numa eventualidade – explica Luiz Zini Pires.