Notícias

Esportes  | 01/03/2011 13h52min

Cruzeiro quer apagar lembrança da Segundona com boa campanha na Taça Farroupilha

"Só nós sabemos o que passamos", diz o presidente Dirceu de Castro

Gustavo Heldt  |  gustavo.heldt@rbsonline.com.br

O Cruzeiro não mira o céu antes de se desprender do inferno. Após 32 anos distante da elite do Gauchão, o clube se preocupa em afastar qualquer possibilidade de rebaixamento antes de pensar em título.

A equipe que peitou o Grêmio no Olímpico - embora tenha sido derrotada por 4 a 2 - pretende amealhar seis pontos na Taça Farroupilha. Pelos cálculos da direção, duas vitórias bastam para garantir a permanência na série A da competição estadual.

— Imagina se acontece um desastre? — indaga o presidente Dirceu de Castro, que assumiu em 2008, nas agruras da Segundona. — Só nós sabemos o que passamos. Não tinha dinheiro nem para papel higiênico.

De acordo com o dirigente, os 11 pontos e a 9ª colocação geral no primeiro turno se enquadraram dentro do planejamento. Como o Gauchão tem 16 participantes e caem para a divisão inferior as duas últimas, até o momento o time de Castro segue na série A.

— Vamos por etapas. Primeiro, seis pontos, para garantir. Depois, mais um quadrangular — projeta.

Esse planejamento do Cruzeiro vem de longa data. Enquanto espreitava por um lugar na elite do Gauchão, o time investiu em jovens jogadores.

— O que a gente fez foi acreditar na base. A gente sabia que precisava apostar nos garotos e ir reforçando aos poucos. Nosso time é jovem, mas rodado. Colocamos os garotos de 17, 18 anos para disputar a Segundona. Agora eles entram no Beira-Rio, no Olímpico e não se intimidam.

A tática deu certo. O time se despediu do martírio ano passado, se reforçou no início de 2011 e chegou a uma semifinal em condições de enfrentamento com o Grêmio. No domingo passado, um desses pequeninos do Cruzeiro de destacou entre os grandalhões do Grêmio e testou a bola nas redes do goleiro Victor:

— Os zagueiros acham que o Jô só joga na velocidade, mas ele sobe muito.

Para o dirigente, o talento de seus jogadores não tinha chance no Olímpico. Segundo ele, o Cruzeiro perdeu para a arbitragem.

— O árbitro foi tendencioso. Minou o Cruzeiro com cartões. Aquele pênalti no Borges... Se fosse no Cruzeiro, acha que ele marcaria? Victor foi o melhor em campo, e o Borges a gente sabia... Tem muita qualidade.

Mas Castro pretende sepultar a mágoa da eliminação nas semifinais agarrando a série A com uma campanha exitosa no segundo turno.

— Nem pensávamos em subir ano passado, mas neste ano ou no ano que vem — revela. — Agora vamos manter.

CLICESPORTES
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.