Estive no Beira-Rio e fiquei impressionado com o alto astral após a vitória sobre o Prudente por 3 a 0. Apesar de ser uma goleada sobre o lanterna do Brasileirão, me parece que tem lógica o bom humor dos jogadores.

Não é tão incomum assim enfrentar equipes de nível duvidoso, ainda mais fora de casa, e se enredar nos próprios defeitos. Acontece, e até com certa frequência. Os titulares foram ao interior paulista, venceram com autoridade e exibiram belos gols. O de Giuliano, então, foi um espetáculo: um dos mais bonitos do campeonato.

Para quem entende não ser importante embarcar para Abu Dhabi sem lesões e mostrando bom futebol (mesmo que tenha sido praticamente uma vez só, e contra o Prudente), basta ver o drama italiano. A Internazionale levou 3 a 1 da Lazio, ontem.

Além dos lesionados que já tinha (Júlio Cesar, Maicon, Philippe Coutinho, Samuel, Chivu, Milito) somou agora o sérvio Stankovic, com dores musculares. Vai embarcar para o Mundial cheia de indefinições. Nem sabe que time colocará em campo contra o Werder Bremen, na Alemanha, pela Liga dos Campeões, a última parada antes de Abu Dhabi.

Na porta do vestiário, vi D'Alessandro batendo papo sobre a estreia do seu site. Vi Kleber sorrindo e cumprimentando quem surgisse pela frente. Tinga, Índio, Giuliano, estes chegavam a parar e bater papo com jornalistas. Estavam visivelmente aliviados. Chegaram até o embarque sãos e salvos. E com uma última imagem de bom futebol, o que sempre anima.

Ao fim e ao cabo, o Inter está embarcando para Abu Dhabi em paz. Poderia estar melhor? Claro que sim. O Inter jamais reeditou, depois do título da Libertadores, sem Sandro e Taison, aquele desempenho de luxo das finais.

Mas e a rica e poderosa Internazionale, de Milão, está melhor? A resposta é: não. Faz sentido o alto astral dos jogadores. É plenamente possível ser bi do mundo. A sorte está lançada.

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