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O sonho de voltar à elite do futebol brasileiro se transformou em pesadelo para a equipe, diretoria e comissão técnica da Ponte Preta. No início da madrugada desta quarta-feira, o ônibus que levava os jogadores para o hotel sofreu uma emboscada e foi apedrejado por grupo de 10 torcedores, próximo ao condomínio Alphaville, em Campinas.

O ônibus, que teve os vidros quebrados, seguia do estádio para o hotel, após a Macaca empatar com o Vila Nova em 2 a 2, em casa. De acordo com a assessoria de imprensa do clube, apesar do susto, ninguém ficou ferido. O boletim de ocorrência foi registrado no 4º Distrito Policial. Testemunhas disseram que alguns torcedores já foram identificados, mas a polícia prefere manter o nome dos envolvidos em sigilo.

Na delegacia, o motorista do ônibus, Wilson Zambrona, disse que os seguranças saíram do veículo para conter os vândalos, mas os contraventores fugiram de moto. Um dos torcedores teria ameaçado os seguranças de morte. O ônibus, que pertence à empresa Folegatti, está no pátio da Secretaria de Transportes, para passar por perícia.

Ainda no estádio, a torcida protestou contra a atuação da Ponte Preta e exibiu faixas com os dizeres "Fora diretoria" e "Ponte: ame-a ou deixe-a". Todos os jogadores foram vaiados, a exceção do atacante Willian, que fez os dois gols da Macaca. A polícia teve de escoltar o ônibus para deixar o estádio. Na semana passada, após perder para o Bragantino por 1 a 0 também em casa, os jogadores já tinham enfrentado a ira da torcida - naquele episódio, de forma pacífica.

Segundo o advogado da Ponte, Antônio Guilhota, a delegacia enviará um Termo Circunstanciado ao fórum, que notificará o Ministério Público para que essas providências sejam tomadas.

O próximo jogo da Ponte Preta é contra o Duque de Caxias, na terça-feira, no Rio de Janeiro. A partida marca a estreia de Givanildo Oliveira no comando do time. Ele deve ser apresentado oficialmente nesta quinta-feira.