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 | 02/07/2010 04h23min

Ruy Carlos Ostermann: Seleção passa confiança na véspera do jogo

Na véspera, confiança

É sempre assim, demora, é desconfortável, mas vão quase todos, especialmente os fotógrafos e os rapazes da TV. Não há outra oportunidade para verificar como estão os jogadores anunciados na véspera como machucados, ressentidos ou com dores em geral.

Senta-se na laje, puxei o capuz, protegi as mãos nos bolsos, e mesmo assim encaranguei.

Uma espera por quase nada. Estavam todos jogando bobo e rindo muito, menos Elano, que não poderá jogar. Aliás, na entrevista coletiva de Dunga, bem depois do treino, foi perguntado (o que já está registrado num site brasileiro) se Dunga ficara aborrecido com o diagnóstico do médico José Luiz Runco sobre a lesão de Elano. Dunga fez bem em responder com energia fazendo a defesa das relações da comissão técnica e, sobretudo, a defesa de um médico de grande prestígio mundial. Não poderia fazer menos e acho que todos entenderam.

Bem, mas isso foi depois. Na Universidade se pôde ver que todos estão à disposição de Dunga e que o jogo só não sai como todos esperam se os holandeses forem bem mais do que já foram nessa Copa.

Equilíbrio

Na coletiva surgiram duas questões interessantes. Uma, confirmada por Dunga, é que o gramado do Port Elizabeth está com muitos buracos e ontem (este fato ele não confirmou, mas eu soube porque passei por lá) despejam areia de construção em quase toda a sua extensão. A providência clássica para atenuar os desníveis e as buraqueiras, mas que tornam o piso mais pesado para o pedestre, isso é, os jogadores.

A segunda questão foi sobre a comparação que todos estão fazendo sobre Brasil e Holanda. Respondeu que são duas ótimas equipes, com força e futebol, além de jogadores diferenciados. Não arriscou quem ganha, que isso ninguém faz se não em aposta. Mas pareceu confiante que seu time pode assumir o jogo e vencê-lo.

E estava quase sorridente.

Pouco mais

Não são iguais, mas são similares. Um jogador holandês pode se parecer muito com um brasileiro, talvez pouco no temperamento, mas na técnica assumida pelas gerações precedentes e por esses de agora mesmo. Há um grande equilíbrio entre os recursos humanos e técnicos ou de pensamento . O futebol se tornou definitivamente uma experiência aberta a todas as curiosidades, uma das grandes contribuições da TV. Mas a diferença a favor da Seleção pode estar numa atitude.

O time de Dunga tem uma cara para enfrentar todos os problemas e se refestelar com todas as vantagens. Mas pode avançar sobre si mesmo aumentando a velocidade da bola (o caso mais fascinante da Copa, sem dúvida) e das tramitações de meio e de ataque. A velocidade poderá ser uma surpresa para os holandeses que esperam um time prático e dedicado à lenta exploração do campo ofensivo.

É a mesma Seleção, com um pouco mais.

E basta.

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