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 | 28/06/2010 06h00min

Ruy Carlos Ostermann: O Chile é Marcelo Bielsa, antes de mais nada

É justo

A Seleção volta a jogar esta tarde aqui em Joanesburgo, e tomara que recomece com um avanço sobre o último jogo, o empate com Portugal que pareceu abaixo do que deveria jogar o time de Dunga. Burocratizou-se, escrevi, e foi esse o sentimento sobre o empate.

O Chile é Marcelo Bielsa, antes de mais nada. Está entre os técnicos de destaque nesta Copa porque, a exemplo de Joachim Löw, Maradona e Dunga, para citar três deles, a seleção chilena tem agradado aos observadores. Não é considerada uma força da Copa porque lhe falta o pedigree dos grandes vencedores.

É mais um problema para os brasileiros esta condição de outsider e não de aspirante ao título. O time fica mais leve, tem a ambição da grande façanha, claro, mas não morre por isso. E por jogar, assim, pelo resultado mais conveniente, não se atreve mais, mas não receia tanto. É o problema: a boa convicção do Chile sobre si mesmo.

Cuidado se exige todo o jogo, este especialmente. É justo que se espere uma afirmação brasileira.

Ganeses

A alegria dos ganeses só se comparava à profunda tristeza dos norte-americanos. Perde-se demais numa oitava de final, e ganha-se, em troca, o direito de papel passado para a etapa seguinte. Os Estados Unidos voltam para Nova York, era uma promessa da primeira fase, muita gente apostou que seguiria em frente e podia mesmo cogitar do título. Mas Gana empatou o jogo e ganhou na prorrogação. Joga por aglutinação, isso é, juntam-se todos, trata de ocupar todos os espaços possíveis de jogo e corre, corre como ninguém.

Iguais

O Uruguai continua a subir. Ganhou bem da Coreia do Sul, mas já teve mais problemas do que em outros jogos. Os coreanos progrediram bastante, têm um bom padrão de jogo, mas os uruguaios se protegeram e souberam fazer o segundo gol, também por Suarez, num chute curvo logo depois de um corte sobre o marcador. Um gol perfeito, e de gols perfeitos é que se faz uma promoção como a uruguaia.

Confirmações

Ontem ficou reservada a revelação de quem mais chega na Copa: a Alemanha goleou a Inglaterra, a Argentina ganhou de 3 a 1 do México. Erros brutais de arbitragem, notadamente no jogo da Alemanha, em que os ingleses foram punidos por uma desatenção de Larrionda, que não percebeu uma bola que bateu no travessão e caiu meio metro dentro do gol.

Contra o México, gol totalmente irregular, por impedimento de Tevez, que o juiz igualmente não percebeu. A arbitragem subitamente ganha relevo negativo. Agora, em quartas de final, é o confronto de duas escolas e destas duas afirmações. A Alemanha com seu método, e a Argentina, com sua invenção.

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