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 | 17/01/2008 15h35min

Temporão: é 'mentira' que há epidemia de febre amarela

Situação neste ano é melhor que em 2000 e 2003 e está sob controle, segundo o ministro

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, voltou a negar nesta quinta-feira que o país esteja passando por uma epidemia de febre amarela.

— É irresponsável dizer que está havendo surto, epidemia. Isto não é verdade. É mentira — afirmou.

— O procedimento do Ministério da Saúde está adequado com os padrões internacionais — disse, lembrando que isto foi reconhecido por uma comissão de especialistas na semana passada.

Temporão ainda afirmou não ser culpa do governo o aumento nos casos de febre amarela no ano:

— Todos os casos de morte foram de pessoas que não se vacinaram e foram para áreas de risco.

Ele avalia que há informações suficientes sobre os riscos envolvendo a febre amarela nas áreas endêmicas:

— Todas as pessoas que viajam para essas áreas sabem que têm de se vacinar. Pessoas que não tomaram foram por sua própria conta e risco. Eu, por exemplo, quando fui visitar Pirenópolis (GO) há dois anos, sabia que tinha de ser vacinado. Levei a minha família e todos foram vacinados — afirmou.

Segundo ele, a situação neste ano é melhor que em 2000 e 2003, quando houve significativo aumento nos casos de febre amarela, e está sob controle. Para Temporão, a imprensa tem responsabilidade na corrida da população para tomar vacina e advertiu que é contra-indicado as pessoas tomarem a vacina antes do prazo de validade de 10 anos.

O ministro explicou que o ciclo da febre amarela está associado ao fim do período em que os macacos estão com os anticorpos da mãe ainda protegendo, que dura cerca de seis anos. Por isso, avalia, outro ciclo de aparecimento da forma silvestre da doença pode ocorrer em alguns anos.

Ele considera que, pela natureza do Brasil, com grandes regiões de florestas, a forma silvestre da febre amarela sempre existirá. Outro fator que pode influenciar no reaparecimento periódico da doença seria o desequilíbrio ecológico. Ele lembrou que, desde 1999, a Saúde tem acompanhado a morte de macacos como sinal de alerta para a febre amarela.

Agência Estado
 
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