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 | 16/01/2008 19h55min

Fiocruz suspende exportação de vacinas contra febre amarela

Produção brasileira é suficiente para atender à demanda interna

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está preparada para atender ao pedido do Ministério da Saúde para dobrar a produção de vacinas conta a febre amarela, assegurou o diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), Akira Homma. Em entrevista ao site de notícias da fundação, ele explicou que, para voltar a produção para a demanda interna, a exportação de vacinas contra a doença foi suspensa.

De acordo com o diretor, a venda para mais de 30 países da América Latina, África e Ásia está parada desde o final do ano passado, quando surgiram os primeiros casos suspeitos no país. Homma declarou que, ao serem informados da suspensão, os organismos com os quais o instituto tinha compromissos foram compreensivos. O fornecimento para outros países deve ser retomada assim que a situação se normalizar no Brasil. Em 2007, foram mais de 15,5 milhões de doses exportadas.

A vacina contra febre amarela leva cerca de cinco meses para ficar pronta e é produzida em três etapas. A primeira é a produção da matéria-prima (concentrado viral), a segunda, a formulação e liofilização (desidratação para permitir a conservação durante o transporte) e a terceira, o controle de qualidade. Ao final, cada dose custa no mercado interno cerca de R$ 0,87. Conforme Homma, o instituto tem concentrado viral estocado suficiente para produzir cerca de 30 milhões de doses, o que encurta o tempo necessário para entrega do produto ao ministério da Saúde em cerca de três meses.

Além disso, os turnos de trabalho em Biomanguinhos foram dobrados para que as etapas de controle de qualidade, envasamento e rotulagem, entre outras, sejam concluídas a tempo. O diretor do instituto garantiu ainda que a Fiocruz tem condições financeiras de bancar a produção das vacinas e que o Ministério da Saúde vai transferir os recursos quando os lotes forem entregues.

As vacinas são distribuídas aos municípios em ampolas de cinco doses para que o desperdício, no momento da aplicação, seja menor. Apesar disso, há também a possibilidade de ela ser entregue em ampolas de 50 doses — o que aumentaria a capacidade de produção. Segundo o secretário de saúde do Distrito Federal, José Geraldo Maciel, o desperdício na hora da aplicação da vacina é de cerca de 20%.

AGÊNCIA BRASIL
 
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