Imaginei que fosse demorar um tanto, mas aconteceu rápido.
A oposição do Grêmio já sofre com brigas internas depois da vitória demolidora sobre a situação na eleição do Conselho Deliberativo. Normal. Vem aí a Arena e boa parte do condomínio de credores está quitado. Ventos de fartura se anunciam no horizonte tricolor. Os tempos de penúria estão ficando para trás.
O movimento Grêmio Independente reclama: está sendo alijado do processo de discussão dos rumos da futura gestão pelo aliado Grêmio Novo. Notícia do Luís Henrique Benfica. Em questões internas do Olímpico, não há quem saiba mais do que o Benfica. Pode ter quem saiba tanto quanto ele. Mais, duvido.
Na semana passada, ouvi a seguinte expressão: patrola. Integrantes ilustres identificados com a situação, todos com larga folha de serviços prestados ao Grêmio, alguns nos vitoriosos anos 90, temiam ''patrola'' dos vencedores mais próximos a Paulo Odone. Não sei se é o caso da bronca de Homero Bellini Jr e do Grêmio Independente, mas é bom ficar de olho.
O que me leva a concluir o seguinte. Grêmio e Inter estão muito parecidos em política neste exato momento.
No Inter, a situação briga para marchar unida no pleito. A chance da oposição é zero. Giovanni Luigi e Pedro Affatato disputam a condição de candidato único. Em reunião neste fim de semana, nenhum dos dois abriu mão da cabeça de chapa. Com o bi da América, a venda dos Eucaliptos, as obras no novo Beira-Rio para a Copa de 2014 e um 2011 de calendário farto (Liberadores e Recopa), presidir o Inter é um bálsamo. Ninguém quer desistir.
No Grêmio, é a oposição que briga para marchar unida, agora sabemos. Muda só o polo da disputa, embora no Olímpico o tom seja mais áspero, com declarações públicas, enquanto no Beira-Rio a disputa se desenvolva (por enquanto) internamente.
Engana-se quem acha que Inter e Grêmio são opostos. Não são. No fundo, são até parecidos.
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