| 02/12/2008 12h09min
Se fosse uma pessoa, a Escultura Abstrata estaria doente, envelhecida e esquecida, pronta para morrer anonimamente em um canto do Parque da Redenção, entre a Reitoria da UFRGS e o Instituto de Educação, em Porto Alegre. O criador do monumento, o artista Gilberto Pegoraro, poderia não identificar a obra, que data de 1967 e fica a cada dia mais abstrata. Sem placa com informações, foi reconhecida com certa dificuldade na manhã desta terça-feira pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), por meio da fotografia que ilustra esta matéria.
— (Os monumentos de Porto Alegre) estão ficando velhos, o pessoal está roubando — começa a listar os problemas o diretor de Administração de Praças, Parques e Jardins da Smam, Marcio Del Pino.
O ferro que sustenta a Escultura Abstrata já aparece entre os pedaços que faltam de sua "pele" de pedra. São como veias
expostas. Apesar de enferrujadas e
tortas, essas "veias" atraem algumas pessoas.
— Quando começam a ver o ferro, os ladrões esburacam mais, querem vender o ferro. Tiram, arrancam para ver se tem algo mais para roubar.
Quase 80% dos monumentos da Capital estão vandalizados ou esquecidos pelo tempo. A Smam não tem recursos para recuperá-los. Um projeto de adoção pela iniciativa privada "está nas mãos do prefeito", conforme Del Pino.
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Obra está envelhecida e esquecida em um canto do Parque da Redenção, entre a Reitoria da UFRGS e o Instituto de Educação
Foto:
Ronaldo Bernardi
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