| 27/08/2010 07h18min
O presidente Duda Kroeff é um otimista. Embora tenha começado a perder o sono e reduzido as idas ao cinema, o dirigente não deixa de ser um otimista. Acredita em Renato. Considera que o técnico obterá resultados porque ele trabalha “em casa”. Descarta problemas físicos no time, elogia Paulo Paixão, e admite ter consultado os ex-dirigentes Fábio Koff e Luiz Carlos Silveira Martins, considerados as mais fortes referências do momento. Mas rejeita a figura de “marionete”. Assim como rebate uma outra questão: não se sente isolado na tarefa de tirar o Grêmio do atoleiro.
Zero Hora – O senhor tem conseguido dormir direito?
Duda Kroeff – Ontem (quarta-feira), pela primeira vez, tomei um remedinho para dormir. Com aquele gol aos 48 minutos!
ZH – É a situação grave que lhe rouba o sono?
Kroeff – Sou gremista fanático, odiaria que meu time fosse para a Segunda Divisão. E também gosto muito de mim. Sou gremista e dudista. Não vamos cair.
ZH – Por que o senhor acha que Renato vai salvar o Grêmio?
Kroeff – Porque aqui no Grêmio é diferente para ele. Aqui, ele se sente em casa. Tem muito mais motivação do que em outros clubes. Confio nele.
ZH – O problema do time é físico?
Kroeff – Não tem nada a ver. Temos aqui o Paulo Paixão, o melhor preparador físico do Brasil.
ZH – O que precisa ser feito?
Kroeff – Encontrar o time ideal, ganhar umas três partidas em sequência. Vencer aqui e não perder fora.
ZH – O senhor se sente isolado?
Kroeff – Sinceramente, não. Todos os vices me apoiam. O G-6 sempre vem aqui me prestar solidariedade. Mas, com aquele gol aos 48 minutos, todos correram para casa. Eu faria o mesmo.
ZH – Koff e Cacalo lhe apoiam?
Kroeff – Sempre visito o presidente Koff no Clube dos 13. Sempre peço seus conselhos. Com Cacalo, tenho falado mais por telefone.
ZH – Eles só aconselham?
Kroeff – Não preciso mais do que isso. Não sou marionete. Não permitiria que me mandassem.
ZH – Como têm sido os seus dias pelas ruas?
Kroeff – Não tenho me sentido animado a sair. Reduzi os jantares fora e as idas ao cinema. Não é o momento de me expor. Mas não por temor. Eles me incomodam mais nos blogs. Faço o que posso, não tenho do que me envergonhar.
ZH – Já sofreu ameaça?
Kroeff – Sim, uma ameaça de morte por e-mail. Um torcedor que dizia que minha hora iria chegar. No final do texto, dizia cinco vezes: vamos te matar. Eu registrei queixa na polícia. Ele foi chamado. Depois, mandou outro e-mail dizendo que era só um momento de raiva. E a frase vamos te matar era só uma música de protesto.
ZH – O senhor se arrepende?
Kroeff – Não. Está sendo uma experiência riquíssima.
ZH – Enfrentaria Paulo Odone numa eleição?
Kroeff – Se for preciso, sim.
Na Rede: Quais jogadores você sugere para o Grêmio contratar?
Próximo jogo, 29/08
Brasileirão: Atlético-PR x Grêmio
Horário: 18h30min
Local: Arena da Baixada, Curitiba