| 20/01/2010 07h36min
O interesse de três clubes brasileiros por Douglas, entre eles o Grêmio, leva o Al-Wasl, de Dubai, a sonhar com um faturamento maior. Este é empecilho para que o meia, campeão da Copa do Brasil de 2009 pelo Corinthians, possa retornar. Palmeiras e Flamengo também tentam repatriá-lo.
Familiares de Douglas revelaram que o Al-Wasl elevou de R$ 3 milhões para R$ 4 milhões o valor exigido pela liberação.
— Eles estão estudando as propostas. Por enquanto, ele não tem dia certo para chegar — disse Julia, a mulher do jogador, que veio antes para o Brasil.
O jogador, que está em Dubai junto com seu empresário, André Barros, prefere manter-se em silêncio. Ontem, em rápido contato, prometeu falar apenas quando a negociação estiver concluída.
Dois fatores o incomodam nos Emirados Árabes, para onde transferiu-se em julho, após a Copa do Brasil. O primeiro, a baixa qualidade do futebol que é jogado naquele país. A amigos, Douglas admite que
sofre uma certa involução na carreira. O segundo,
a falta de visibilidade.
— Ele está agoniado. Acha que está meio escondido por lá. Quer ser visto jogando outra vez — conta Julia.
O sogro, Joelci, diz que o genro não cogita atuar por Palmeiras ou Flamengo. A proximidade entre Criciúma, cidade em que nasceu, e Porto Alegre, o leva a preferir o Grêmio.
— Os gremistas daqui de Criciúma estão vibrando com a possível ida dele para Porto Alegre — diz Joelci.
Apesar de considerar o negócio "bem encaminhado", o diretor de futebol Luiz Onofre Meira prefere não fixar a data para a chegada do novo reforço. Adianta que o Al-Wasl entendeu a dificuldade de adaptação do meia e concorda em liberá-lo.
O Grêmio projeta adquirir 50% dos direitos econômicos de Douglas. A proposta salarial, já aceita, é de R$ 120 mil mensais. No Al-Wasl, ele recebe US$ 80 mil mensais (cerca de R$ 141 mil). Mas tem moradia gratuita e recebeu um carro de presente na assinatura do contrato.