O anúncio da saída de Paulo Prisco Paraíso, presidente da Figueirense Participações, da gestão de futebol do time alvinegro, pegou muita gente de surpresa. A notícia foi divulgada na noite de segunda-feira, dia 21, durante a reunião do Conselho Deliberativo do clube. Prisco alegou não ter mais condições de competir com o modelo adotado por diversos clubes do país, bancados por conglomerados de grandes empresas.

No entanto, o presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense, Nestor Lodetti, tratou de tranquilizar o torcedor no que se refere à disputa da atual temporada:

— O torcedor pode ficar tranquilo, nada vai mudar até o final do ano. O Conselho apenas tomou conhecimento das intenções da Figueirense Participações, cuja exposição foi feita por seu presidente. Envolve três intenções: a busca por uma nova parceria, a construção de um novo estádio e o afastamento da Figueirense Participações da gestão de futebol, sem desvincular-se do clube — afirmou à rádio CBN/Diário.

Lodetti ressaltou que, apesar da intenção de Prisco de desligar-se do futebol, a saída ainda não foi definida:

— A Figueirense Participações só se afastará do futebol caso, evidentemente, o Conselho Deliberativo aceite a rescisão do contrato. O mais importante é que neste momento estamos todos unidos em busca de uma das quatro vagas para o retorno à Série A do ano que vem.

Sangue novo

Mesmo com a decisão de não gerenciar mais o departamento de futebol do Figueirense, Prisco fez questão de reafirmar o amor pelo clube, admitindo que a instituição precisa de "sangue novo".

— Acredito que é um bom tempo de trabalho, onze anos, é preciso renovar. Com certeza não vamos perder o foco, que é a vaga para a primeira divisão do ano que vem. Os sócios da Figueirense Participações admitem abrir mão de parte de seu capital para trazer sangue novo, o que significa recursos. Isso mostra o nosso desprendimento, carinho e amor pelo Figueirense — afirmou.