Mateus, quatro anos, tem visto comemorações de gol onde os jogadores colocam o dedo polegar na boca e homenageiam os filhos, como Robinho costuma fazer. Então, pediu ao seu pai, o atacante William, do Avaí, para que o gesto seja repetido domingo, contra o Palmeiras.

— Ele faz a comemoração dentro de casa e diz: “Pai, você faz pra mim?”. Eu disse sim. Agora, tenho que trabalhar para acontecer — disse o atacante, que quer homenagear o filho.

William contou a história ontem. Falava sobre como busca tranquilidade com a falta de gols dos atacantes do Avaí. Em oito partidas, os jogadores da frente marcaram apenas em duas oportunidades.

— Nos últimos dias procuro ficar em casa, com a minha família. Tive um filho que nasceu há pouco (Lucas). Primeiro, busco em Deus a inspiração, que é quem me dá força, mas tem ainda na minha família, na minha esposa. Existe também esta cobrança dentro de casa, meu filho fica brincando, pedindo um gol. Estou em dívida com ele e com minha esposa — afirmou o centroavante.

William foi titular nas três primeiras partidas do Avaí e depois foi para o banco de reservas. Tem entrado, geralmente, no segundo tempo. 

— Se o Silas optar por mim nos 90 minutos, eu vou brigar e ser o mesmo guerreiro de sempre, buscando o gol e ajudando meus companheiros. Se eu entrar cinco minutos, vou brigar da mesma forma. Independente de quem jogar, o torcedor tem que vir e empurrar a nossa equipe.

Atacante ouve dicas nas ruas da cidade

Nas ruas, também há cobranças dos torcedores avaianos.

— Encontro muitos torcedores que dizem: “Tem que chutar com mais força, tem que fazer isso, tem que fazer aquilo” — contou William.

No entanto, o jogador lembra que os atacantes têm treinado bastante, sempre concentrados, e acha que vão desencantar contra o Palmeiras. E não vai ser por falta de torcida, seja dos avaianos ou do seu filho Mateus, que espera pelo gesto carinhoso.