| 30/04/2009 23h35min
A ameaça de a gripe suína chegar ao Rio Grande do Sul fez com que o governo estadual criasse nesta quinta-feira um gabinete especial para o controle da doença. O principal objetivo é evitar que o vírus A H1N1 alcance o território gaúcho e se transforme em uma epidemia.
Depois do Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul é o segundo Estado a montar uma estrutura para monitorar a gripe. O titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Osmar Terra, transformou a sua sala de reuniões no Centro Administrativo, na Capital, na "Sala para Controle de Crise".
No local, o governo quer centralizar todas as informações sobre a doença. Para isso, formará uma rede, que reunirá outras secretarias com a Educação e Turismo, além de órgãos diretamente envolvidos como o Ministério da Saúde e a Polícia Federal.
— São muitas áreas que precisam
ser monitoradas e sozinhas não daria certo. Por
isso, o governo resolveu montar essa estrutura para facilitar o trabalho de todos e unir forças para que a doença não chegue aqui — afirma Terra.
A sala será equipada com um sistema de videoconferência e contará com apoio de funcionários da Vigilância Sanitária do Estado. A primeira ação está marcada para a próxima segunda-feira, quando todos as coordenadorias regionais de saúde estarão em videoconferência com o gabinete.
— A doença pode vir de várias formas. Um turista argentino, que esteve no México, pode cruzar a fronteira, por exemplo. Por isso, a importância de estarmos em contato direto com as coordenadorias no interior e com órgãos de controle, além de orientar representantes de hotéis, bares e restaurantes para ficarem em alerta — explica o secretário.
O gabinete coordenará um plano de comunicação para ampliar as informações sobre os riscos e o procedimento a ser seguido em caso de contágio. Uma de suas principais funções será buscar a
localização de casos suspeitos e
encaminhá-los para o isolamento e tratamento.
— O exame para confirmar se é ou não a gripe suína demora cerca de 10 dias, pois serão realizados em laboratórios fora do Estado. Durante esse período, as pessoas ficarão nos hospitais isoladas e monitoradas. Em um segundo momento, se precisarmos vamos equipar o Lacen (Laboratório do Estado) para isso— adiantou Terra.
O secretário lembrou que o Estado está em alerta máximo para notificação de casos suspeitos de gripe suína. Em todos os cerca de três mil postos de saúde, hospitais públicos e privados a notificação será obrigatória. Antecipando-se ao possível contágio, a SES destacou nove casas de saúde no Estado para onde os casos suspeitos serão encaminhados e permanecerão até terem um diagnóstico final:
Apesar da mobilização, o secretário está pessimista quanto a conseguir barrar a doença
— É quase impossível deter a doença. Os EUA, com toda a sua estrutura, não conseguiu. Estamos
fazendo o possível.
Onde se
tratar
Os hospitais selecionados para atender os casos que possam a vir ocorrer no Estado:
Conceição ( Porto Alegre)
Clínicas (Porto Alegre
Escola da Ufpel (Pelotas)
Universitário (Santa Maria)
Geral (Caxias do Sul)
São Vicente de Paulo (Passo Fundo)
Santa Casa (Uruguaiana)
Santa Casa (Rio Grande)
Vida e Saúde (Santa Rosa)
Saiba mais no gráfico animado:
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