| 27/05/2008 22h39min
Enquanto o Inter jogava contra o Flamengo no Rio de Janeiro, um ilustre telespectador remexia-se no sofá do seu apartamento em Porto Alegre, em frente à TV, aflito. No intervalo, não se agüentou. Tentando adivinhar se teria condições de jogar no fim de semana seguinte, o lesionado Magrão dava piques pela sala para testar sua resistência, sob o olhar curioso do filho Matheus. O volante ainda não tem a presença 100% confirmado, mas deve fazer seu retorno no jogo contra o Sport, sábado que vem.
— Independente de vencer ou perder, é melhor estar em campo. Prefiro ganhar junto e perder junto. De fora, você se sente incapaz de ajudar. Aí você vem fazer tratamento e volta para casa triste todos os dias, porque parece não haver perspectiva de melhora. E hoje eu voltei a treinar com o grupo. Hoje
foi um dia feliz. A esperança aumentou
muito — diz.
Esta é a terceira lesão muscular da carreira de Magrão. Fora essas, garante nunca ter tido outro tipo de contusão. Por isso, a ansiedade:
— Hoje o Nilmar conversou comigo, disse que também foi assim a volta dele, isso tranqüiliza. Mesmo que seja só 20 dias, parece que é pouco, mas para quem está machucado é muito. Semana passada tinha muita empolgação, mas faltava a parte física. Agora tenho que ver como vou acordar, como a musculatura vai reagir ao trabalho forte com o grupo.
Dono de um aproveitamento de 81,16% com o Inter (que cai para 55,5% quando ele não joga), Magrão foge da condição de salvador:
— Fico feliz por ter alcançado esta campanha com o Inter, mas eu preferia estar em campo, mesmo que meus números não fosse tão bons. Não sei se a minha volta vai fazer o time melhorar, mas eu quero muito estar em campo. Não vou resolver porque eu sou um volante, não sou de decidir. Não me considero salvador. Temos
outros jogadores que decidem. Eu sou mais um, mas a
minha empolgação e vontade de vencer é muito grande.
Recuperado de lesão muscular, Magrão treinou nesta terça-feira e deve enfrentar o Sport
Foto:
Valdir Friolin