| 27/05/2008 12h44min
Um puxão de orelha. Foi assim que o zagueiro Marcão definiu a conversa de aproximadamente 15 minutos que o técnico Abel Braga teve com o grupo de jogadores na manhã desta terça-feira, na reapresentação do time após a derrota de virada para o Flamengo no último sábado.
— Foi um pouco de tudo. Um puxão de orelha, para a gente botar a mão na consciência, ver o que pode ser melhorado. Uma conversa de pai para filho. É válido. Em um clube grande como o Inter, sabemos que, com duas derrotas seguidas, a cobrança vai existir. Além da imprensa, da comissão técnica e da diretoria, os jogadores também têm que cobrar um do outro, mas é tudo no intuito de melhorar — afirmou Marcão.
Para interromper a série de derrotas no sábado, contra o Sport, o Inter espera contar com o apoio que vem das arquibancadas do Beira-Rio.
— Contra o Sport, a gente sabe que precisa da vitória para não levantar a desconfiança da torcida. A torcida jogou com a gente o ano todo, não vai
ser agora que vai nos abandonar —
disse o zagueiro.
Abel quer que o time tenha mais atenção, principalmente na segunda etapa. Como exemplo, citou o Corinthians de Mano Menezes, que, segundo ele, joga atento do primeiro ao último minuto.
Um dos jogadores mais cobrados na conversa foi o atacante Nilmar, que fez um belo gol mas perdeu outro, de forma incrível.
— Tem que puxar a orelha mesmo, vacilamos no segundo tempo. Fizemos o mais dificil, que era sair na frente. A torcida já estava contra eles, tínhamos tudo para fazer outro e matar o jogo, mas sofremos um apagão e não conseguimos jogar mais — disse o atacante.
Entre as lamentações trazidas do Rio de Janeiro, um ponto positivo foi o fim da solidão de Nilmar. Ele agradece:
— Quando aproxima, tudo fica mais fácil. Se a bola sai de trás sem chutão, sempre é melhor.
À tarde, o Inter volta aos treinos. Após o trabalho, o técnico Abel Braga dará entrevista
coletiva.
Abel quer que o time tenha mais atenção, principalmente no segundo tempo
Foto:
Ricardo Duarte, BD - 16/05/2008