| 01/02/2007 13h21min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira, logo após a abertura da instalação do Ano Judiciário, o respeito ao princípio de que o partido com a maior bancada deve indicar os presidentes da Câmara e do Senado. Embora o presidente não tenha externado apoio nem a Aldo Rebelo (PCdoB-SP) nem a Arlindo Chinaglia (PT-SP), a afirmação é uma indireta a favor do petista.
O PMDB tem a maior bancada na Câmara, e o PT, a segunda maior. Os dois partidos fizeram um pacto segundo o qual o PT indica o presidente nestes próximos dois anos, e o PMDB, nos dois anos seguintes. – Congresso, com todas as suas divergências, sempre teve uma cultura que precisa ser respeitada, ou seja, o maior partido no Senado tem de ter o presidente, e na Câmara tem de ter o presidente. Essa é uma prática histórica que não foi quebrada nem no regime militar. É saudável para que haja um aumento do respeito entre os partidos políticos, para que haja a necessidade de as pessoas saberem que acordos firmados serão cumpridos - disse o presidente. Lula afirmou não acreditar que a candidatura de Gustavo Fruet (PSDB-PR) prospere. – Acho pouco provável uma vitória da oposição – observou, afirmando que "a oposição, às vezes, quer marcar posição". – Acho que os dois candidatos que fazem parte da base aliada têm toda chance de ganhar as eleições. Por isso, acho pouco provável que não dê o resultado. São 513 votos. Eu não estarei nem votando nem apurando. A mim só cabe esperar o resultado. E torcer que seja o melhor para a Câmara e para o Senado e o melhor para o país. Questionado sobre as feridas que podem ser abertas com o processo eleitoral na Câmara, Lula declarou, bem-humorado: – Um pouco de mercúrio resolve o problema. AGÊNCIA O GLOBO