| 08/01/2007 17h19min
O líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), disse nesta segunda-feira que vai trabalhar, em conjunto com lideranças de outros partidos da base aliada e com interlocutores do governo, para viabilizar uma candidatura de consenso à Presidência da Câmara. Ele acredita que, nos próximos dias, será possível fazer uma avaliação do potencial dos dois candidatos já declarados – o presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) – para que a base de apoio ao governo chegue à eleição unida em torno de apenas um nome.
Na avaliação do líder do PT, seria melhor que a convergência para um dos dois candidatos fosse feita o mais cedo possível, para evitar desgastes e a possibilidade de uma candidatura que ameace a vitória da base governista.
– Esses dois deputados, Arlindo Chinaglia e Aldo Rebelo, demonstraram ao longo dos quatro anos do primeiro mandato do presidente Lula um enorme compromisso com o País; ou seja, são pessoas maduras. Em um dado momento, um deles fará a leitura de que a correlação de forças pendeu mais para o outro, e então será a hora de retirar a candidatura – disse Fontana.
De acordo com Fontana, o candidato que não ficar com a Presidência da Câmara terá todas as condições de assumir um ministério. Por outro lado, segundo ele, a base aliada ao governo não pode partir do princípio de que os candidatos já declarados conseguirão reunir, em seus nomes, todas as vontades e pontos de vista representados na Casa.
O atual presidente e candidato à reeleição, Aldo Rebelo, afirmou que novas candidaturas são legítimas. Ele conversou com o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), integrante do grupo interessado em buscar uma "terceira via", e desmentiu informações veiculadas na imprensa de que esteja trabalhando contra novas candidaturas.
Rebelo também considera melhor para a Câmara a eleição de um presidente que consiga reunir o apoio de todos os partidos.
– Se houver uma candidatura da instituição, que reúna todos os partidos, ou a ampla maioria deles, tanto melhor. Se não houver, estará assegurada democraticamente a possibilidade de um desfecho não simplesmente legítimo, mas satisfatório para todos – acrescentou.
Ele disse ainda que tem se preocupado apenas com sua campanha. Aldo tem conversado com parlamentares e feito telefonemas a lideranças políticas e a governadores. Nesta segunda, ele recebeu por telefone o incentivo do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e disse já ter contabilizado o apoio de 17 governadores.
AGÊNCIA CÂMARA