| 08/01/2007 16h40min
A escolha de uma candidatura alternativa a de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a Presidência da Câmara deve ficar para um próximo encontro de parlamentares, ainda sem data definida. Nesta segunda-feira, durante encontro de representantes do PPS, PV, PSB, P-Sol, PSDB, PMDB e PTB no Hotel Crowne Plaza, em São Paulo.
O grupo de 16 parlamentares reunido no hotel descarta a hipótese de apoiar qualquer candidato atual, seja Aldo Rebelo, atual presidente da Casa, ou Arlindo Chinaglia, líder do governo. O deputado Raul Jungman (PPS-PE) disse que “temos respeito pelo Rebelo e Chinaglia, mas são ambos ‘farinha do mesmo saco’ ao não romper com a situação atual. Tanto é verdade que nem um nem outro, até agora, elaborou um programa para dizer a que veio”.
Segundo o deputado Paulo Renato de Souza (PSDB-SP), ex-ministro da Educação de Fernando Henrique Cardoso e parlamentar recém-eleito, o grupo não quer fazer um movimento contra o governo, mas pela recuperação da imagem da Câmara.
Antes da reunião, representantes do grupo que se reúne no hotel distribuíram à imprensa um documento assinado pelo P-SOL detalhando oito pontos para a futura presidência da Câmara. Entre eles, o estabelecimento de uma pauta para votação de projetos emergenciais, especialmente a reforma política, e “fixação de critério definitivo para remuneração de parlamentares e a alta hierarquia dos outros poderes, sintonizado com a realidade salarial da maioria da população”.
De acordo com o documento, o P-Sol defende um nome para a presidência da Câmara que reúna qualidades como “independência, experiência, capacidade de articulação política, ética inquestionável, bom transito nas bancadas e respeitabilidade quanto aos demais poderes”.
Participam da reunião os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ), Raul Jungmann (PPS-PE), Luíza Erundina (PSB-SP), José Aníbal (PSDB-SP), Ricardo Izar (PTB-SP), Dimas Ramalho (PPS-SP), Raúl Henrique (PMDB-PE), Júlio Seneghini (PSDB-SP), Paulo Renato de Souza (PSDB-SP), Wanderley Macris (PSDB-SP), Gustavo Fruet (PSDB-PR), Silvio Torres (PSDB-SP), Chico Alencar (P-Sol-RJ), Raquel Teixeira (PSDB-GO), João Almeida (PSDB-BA), Edmar Moreira (PFL-MG). Em Brasília, o líder do PT, deputado Henrique Fontana (PT-RS), voltou a defender uma candidatura única e deu dez dias para que seja observado o melhor quadro.
A eleição ocorrerá no início do ano legislativo, em 1º de fevereiro. O mandato é de dois anos. A principal atribuição do presidente da Câmara é definir a pauta de proposições a serem deliberadas pelo Plenário, mas ele também é responsável pela abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e processos de impeachment do presidente da República. Ele também é o terceiro no comando do país e assume a Presidência na ausência do presidente e do vice.
AGÊNCIA BRASIL