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 | 08/01/2007 12h28min

Grupo de deputados lançará candidato de terceira via

Gabeira diz que só disputa presidência da Câmara em último caso

Apostando na divisão da base governista, um grupo de deputados lança nesta segunda-feira oficialmente, em São Paulo, a chamada terceira via, por uma candidatura à Presidência da Câmara de Deputados, em oposição aos governistas Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Um dos parlamentares que lideram o movimento, o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), disse que só será candidato em último caso. Segundo ele, mesmo que concorresse, sua vitória seria extremamente improvável. Gabeira acredita que sua atuação nos últimos anos o tornou impopular entre os colegas, apesar de ter conquistado mais simpatia junto à opinião pública. O deputado enfrentou em plenário o então presidente da Câmara Severino Cavalcante, atuou em investigações parlamentares que implicaram outros deputados e, mais recentemente, foi um dos que se opuseram ao aumento de salário dos parlamentares.

Gabeira ressaltou que o encontro desta segunda reúne parlamentares de vários partidos, não apenas da oposição. Ele disse que não estará em pauta o lançamento de um nome e sim de um programa de atuação para a Câmara. Um dos pontos fundamentais, segundo Gabeira, é como assegurar a autonomia do legislativo, cujas ações, segundo o deputado, vem sendo sufocadas pelo excesso de medidas provisórias.

Neste contexto, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, começa, também nesta segunda-feira, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um ciclo de reuniões com os presidentes dos 10 partidos aliados que formam o Conselho Político. O objetivo é chegar a um nome de consenso e em plena sintonia com o Palácio do Planalto.

Nas conversas, serão mapeadas as intenções de voto em Rebelo e Chinaglia, e as chances de crescimento da terceira via. O temor é que se repita o cenário de 2005, quando um racha no PT levou à eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE).

– Faremos um levantamento das potencialidades de cada candidato para que, se a gente entender que pode ter a terceira candidatura, ver qual é o nome mais forte na base. Mas não se trata de ultimato, o governo não vai impor qualquer solução. Se constatarmos que há perigo, na base do governo, de dispersão com o lançamento de uma terceira candidatura, vamos emitir opinião – disse Tarso.

AGÊNCIA O GLOBO
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