| 04/01/2007 21h02min
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira que a dupla candidatura do governo à presidência da Câmara, de Aldo Rebelo (PCdoB–SP) e de Arlindo Chinaglia (PT–SP), pode provocar “desequilíbrio institucional” na Casa e o surgimento de outras candidaturas.
– A unidade é necessária porque a dupla candidatura da base do governo pode proporcionar desequilíbrio institucional na Câmara e surgir uma candidatura que não tem o mesmo potencial que a de Aldo e Arlindo – disse o ministro.
Segundo Tarso, a candidatura de Rebelo não será menosprezada pelo governo caso receba apoio de parlamentares da oposição.
– Não distinguimos o candidato. Não é candidato a presidente do PT, PCdoB ou PSDB. Ele tem que ter, e ambos têm, apoio em todos os setores. O fato de o Aldo ter o apoio de partido da oposição não desmerece a sua candidatura – afirmou.
O ministro confirmou os encontros, em separado, do presidente Lula com Aldo e Chinaglia nessa quarta-feira. De acordo com Tarso, o presidente apenas ouviu os dois deputados e não emitiu nenhum juízo.
– Nós [o governo] queremos funcionar não como árbitros do processo, mas como mediadores políticos de uma questão política da base do governo – explicou.
AGÊNCIA BRASIL