| 04/01/2007 14h17min
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), negou nesta quinta que tenha negociado a retirada de sua candidatura à reeleição em troca de uma pasta em algum ministério do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na noite de ontem, os dois se encontraram para discutir a sucessão na Casa do Congresso.
Rebelo, que deve disputar a vaga com o líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (SP) – o que pode indicar um desentendimento na base aliada –, disse que relatou ao presidente os apoios que já conseguiu e a disposição de manter a candidatura:
– Descrevi o espaço da minha candidatura, os apoios, as conversas que tenho tido com a base, a oposição, os governadores. E o presidente ouviu atentamente.
O presidente da Câmara também rebateu a proposta de Chinaglia de realizar uma prévia na base governista para que uma candidatura única seja estabelecida. Rebelo deu a entender que não participaria da espécie de eleição interna.
– A eleição na Câmara é uma eleição livre que tem buscar o acordo político. A Câmara tem grandes desafios. Será preciso a construção de uma agenda ampla, que vai necessitar de diálogo permanente. Não pode excluir a oposição. A composição da agenda exige um diálogo permanente entre os partidos de governo e de oposição. Excluir a oposição contribui para um ambiente de dificuldade nos trabalhos da base – disse.
AGÊNCIA O GLOBO