| 16/01/2003 19h26min
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e seus adversários saudaram nesta quinta, dia 16, a criação do grupo de nações "amigas" para tentar ajudar a acabar com a greve de 46 dias que afeta as exportações de petróleo do país. O grupo de seis países, do qual fazem parte o Brasil e os Estados Unidos, foi aprovado na quarta por presidentes latino-americanos, incluindo Chávez.
Brasil, México, Chile, Espanha, Portugal e Estados Unidos concordaram em formar um grupo para dar apoio aos esforços do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Cesar Gaviria, em mediar um acordo de paz entre Chávez e seus adversários.
Líderes da oposição disseram esperar que a contribuição desses países, principalmente Estados Unidos e Brasil, dê novo impulso às negociações com o governo.
– Achamos que o grupo de amigos é uma idéia excelente, desde que apoie o doutor Gaviria – disse Americo Martin, negociador do Coordinadora Democratica, a união de oposição.
Mas os líderes da oposição questionaram se os "amigos" estrangeiros conseguirão convencer Chávez a concordar com suas exigências de antecipar eleições.
Chávez classificou a formação do grupo internacional como um passo adiante. O presidente venezuelano, que resiste à pressão da oposição para renunciar ou antecipar as eleições, encontrou-se na quinta com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para debater a crise. A greve, que entrou em sua sétima semana, está prejudicando a produção e a exportação de petróleo da Venezuela e balançando os mercados mundiais. Há falta de gasolina e gás de cozinha.
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