Novo conflito entre a polícia e opositores do presidente Hugo Chávez foi registrado neste domingo, dia 12 de janeiro, na Venezuela. Milhares de manifestantes tentavam chegar até a base militar de Los Próceres, a maior do país, mas acabaram dispersados com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha pela Guarda Nacional.

Os manifestantes chegaram a derrubar o alambrado colocado pelas forças de segurança em torno da área de destino da marcha. No confronto, um repórter fotográfico levou um tiro de bala de borracha na perna e dezenas de pessoas apresentaram sintomas de asfixia.

No sábado, Chávez ameaçou punir professores e instituições de ensino que aderirem à greve. Também disse que poderá intervir nos bancos que participaram de uma paralisação de 48 horas na semana passada, afirmando ainda que o governo vai aplicar multa aos bancos que "não cumprirem a lei". Neste domingo, Chávez ameaçou suspender concessões de rádio e TV, acusando os meio de comunicação de trabalharem pela desestabilização do país.

A marcha, que também lembrava as vítimas do protesto de abril do ano passado e tentava conquistar o apoio dos soldados, é parte de um amplo movimento grevista que está pressionando pela renúncia de Chávez e pela antecipação das eleições presidenciais. A greve geral já dura mais de 40 dias.

As informações são da GloboNews e da Rádio Gaúcha.