| 13/11/2012 11h18min
Depois do ataque de dois coletivos entre a noite e madrugada de segunda para terça-feira, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis (Setuf) se reunirá durante a tarde com a polícia. No encontro, devem ser definidos planos de segurança para o transporte público na Grande Florianópolis.
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— Essa ousadia é fruto da impunidade no país. Eles (os bandidos) vêm o que acontece em outros estados e acabam se encorajando a fazer aqui igual — entende o presidente do Setuf, Valdir Gomes da Silva.
Conforme Silva, será solicitado que os ônibus recebam segurança ou escolta para operarem nas próximas noites. Representantes de cinco empresas municipais e três intermunicipais participarão da reunião.
Na garagem da empresa Canasvieiras, na manhã desta terça, funcionários comentaram o ataque aos ônibus. Dois coletivos da empresa foram incendiados, causando prejuízos de R$ 300 a R$ 320 mil.
— Três homens entraram e avisaram que não se tratava de nenhum ato contra a empresa, mas sim um alerta para a polícia — comentou o gerente de operações depois de conversar com os motoristas e cobradores envolvidos na ação. Ninguém ficou ferido.
Foto: Guto Kuerten
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O primeiro ataque aconteceu por volta das 21h30min. Segundo testemunhas, três jovens embarcaram como se fossem passageiros, em um ponto de ônibus perto do Tican. Em uma parada da SC-401, no sentido Centro-bairro eles teriam ordenado que todos desembarcassem imediatamente e que ninguém reagisse. As chamas destruíram o veículo completamente.
Foto: Cristiano Estrela
Cerca de duas horas depois, o segundo ônibus foi atacado. O veículo manobrava para entrar na garagem que fica no bairro Canto do Lamin quando foi invadido por dois homens que com uma garrafa pet de dois litros, jogou gasolina no interior do veículo. Eles atearam fogo e fugiram. Motorista e cobrador conseguiram controlar as chamas.
Segundo o gerente operacional da empresa, Jucélio Santana, dos dois veículos que sofreram os atentados, o prejuízo foi de cerca de R$ 300 mil e que, por enquanto, nenhuma medida está sendo tomada com relação a segurança dos ônibus.
Além dos transporte público, unidades de segurança também foram alvo do ataque de criminosos na Grande Florianópolis. Por volta das 22h, a base da PM no Bairro Aririú, em Palhoça, foi alvejada por tiros. Ninguém se feriu. Pela menos 16 cápsulas de pistola calibre 380 nas proximidades do posto.
Foto: Cristiano Estrela
Na Capital, uma viatura da polícia Civil foi incendiada no Bairro Saco dos Limões. De acordo com a polícia, o carro estava estacionado em frente à 2a Delegacia de Polícia Civil.
Foto: Cristiano Estrela
O último ataque da noite foi às 3h11min contra um carro particular de um policial militar que mora em Canasvieiras, próximo ao local onde dois ônibus foram incendiados. O Gol estava no estacionamento de um condomínio na quadra ao lado da Academia da Polícia Civil.
Em entrevista ao Diário Catarinense, o secretário de Segurança Pública, César Grubba, garante que o Estado vai reagir aos cinco ataques realizados na Grande Florianópolis. Promete reforço no policiamento e diz que nesta terça-feira haverá uma reunião entre as policiais Civil, Militar e serviços de inteligência para definir as ações que serão tomadas.
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