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 | 12/04/2011 21h14min

Médico acusado de atentado ao pudor deve receber alta de hospital nesta semana

Profissional está internado desde o dia 2 de abril, quando se feriu com faca dentro da cela

O médico ortopedista Fernando César Buchen deverá receber alta esta semana do Hospital Santa Isabel, segundo a assessoria de imprensa da entidade hospitalar. O profissional, suspeito de atentado ao pudor contra pacientes, está internado desde o dia 2 de abril, quando se feriu com facas dentro do Presídio Regional de Blumenau.

A assessoria ainda informou que não repassaria o nome do médico que está cuidando de Buchen e que ele não iria se manifestar sobre as condições de saúde do ortopedista.

O juiz da 3ª Vara da Área Criminal de Gaspar, Sérgio Agenor de Aragão, emitiu segunda-feira a decisão sobre o pedido da defesa de Buchen para que ele tenha a companhia da esposa no hospital 24 horas por dia. A solicitação foi feita embasada em um atestado médico que pedia acompanhamento familiar. O magistrado negou a solicitação, alegando "que o acusado já vem sendo tratado, não somente de suas moléstias físicas, bem como das emocionais".

Aragão ainda encaminhou um ofício para a direção do Hospital Santa Isabel, solicitando que a unidade informe o estado de saúde de Buchen diariamente. Sobre o atestado que recomendava o acompanhamento familiar, Aragão questionou o documento ter sido feito por um médico cirurgião: "cabe ao médico psiquiatra fazer as recomendações de tratamento (tal como o aqui pedido acompanhamento), sendo que a indicação efetuada pelo médico cirurgião foi, para não usar outro termo, estranha".

CONTRAPONTO

O que diz o advogado do médico Fernando César Buchen, Anderson Schramm:

A defesa de Buchen alega que o pedido de permanência da esposa do médico no quarto onde ele está internado foi feito com base em uma requisição médica. 

- O profissional que o acompanhou requisitou a presença de um familiar que pudesse acompanhá-lo, em função das lesões e do estado psíquico dele - disse o advogado Anderson Schramm.

Ele admite que o pedido foi feito por um cirurgião e não por um psiquiatra. 

- Foi o mesmo médico que fez as duas cirurgias pelas quais ele passou - afirma Schramm, que não sabe informar o nome do profissional.

O advogado diz não acreditar que tenha havido alguma irregularidade no fato de um médico de outra especialidade ter sido responsável pela requisição, conforme é questionado pelo juiz Sérgio Agenor de Aragão:

- Se o médico entendeu necessário, deve ter feito isso de forma correta. O questionamento vem do livre arbítrio do juiz.

Segundo ele, Buchen passou a ser acompanhado por um psiquiatra após o pedido feito por Aragão. Ele aguarda o relatório do médico para saber se vai recorrer das determinações judiciais.

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