| 08/04/2011 21h13min
O juiz da 3º Vara Criminal, Sérgio Agenor Aragão, analisará segunda-feira o parecer do Ministério Público de Santa Catarina (MP) em relação ao laudo médico feito pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) sobre a real necessidade do médico ortopedista Fernando César Buchen permanecer no Hospital Santa Isabel.
O MP acredita que o pedido feito pelo profissional, de ter o acompanhamento de um familiar 24 horas por dia, não pode ser autorizado. A justificativa é de que ele é um preso comum e sem necessidade de regalias. Por isso, o ortopedista pode ser visitado dentro das normas do local onde está internado, da Polícia Militar e do Presídio Regional de Blumenau.
No entanto, o órgão entende que, como o laudo apontou uma perfuração no pulmão, Buchen precisa ficar no hospital até melhorar. O médico foi preso dia 1º de abril pelo crime de atentado ao pudor contra pacientes e está hospitalizado desde o dia 2, quando se feriu com facas dentro do presídio.
O pedido do exame do IGP foi feito pelo MP.
Por isso, a conclusão da análise ficará para segunda. Quinta-feira, a Polícia Civil finalizou mais um inquérito envolvendo o médico e encaminhou à Justiça. O MP recebeu o documento e definirá na próxima semana se oferecerá denúncia contra Buchen. Por sorteio, este inquérito também será analisado pelo promotor Cristiano José Gomes.
Sexta-feira, a assessoria de Gomes informou que ele não iria se manifestar sobre os fatos. Também quinta-feira, Aragão encaminhou ao delegado Paulo Koerich, responsável pela prisão de Buchen, um documento solicitando informações dos motivos do médico ter sido algemado quando foi detido.
Na resposta, Koerich justificou que, ao ser abordado, o ortopedista teria pedido explicações sobre a prisão e disse que deveria ter sido avisado antecipadamente.
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