| 25/02/2011 06h33min
O Conselho de Segurança da ONU se reunirá durante o dia em Nova York para discutir medidas de pressão sobre o ditador líbio Muamar Kadafi, que ignora os apelos para dar fim à brutal repressão dos protestos que, desde 15 de fevereiro, exigem sua renúncia.
Nesta sexta-feira, a rebelião mantinha o controle sobre o leste da Líbia e o regime de Kadafi tentava sufocar a extensão do movimento ao Oeste, ao mesmo tempo que dezenas de milhares de líbios e estrangeiros fugiam do país por terra, mar e ar.
Na quinta-feira, o ditador de 68 anos — no poder desde 1969 — acusou os manifestantes de terem vínculos com a rede terrorista Al Qaeda e de agir sob o efeito de drogas.
Segundo o jornal líbio Quryna, 23 pessoas morreram e pelo menos 44 ficaram feridas no ataque das forças de segurança contra a cidade de Zawiya (60 km a oeste de Trípoli), que tem a maior refinaria de petróleo do país. A rebelião controla o leste do país e outras regiões afundaram no caos. Nas áreas liberadas do poder de Kadafi, os opositores prometem avançar até Trípoli.
Muitos países intensificaram as operações de retirada de seus cidadãos da Líbia, em um verdadeiro êxodo. Desde segunda-feira, 30 mil tunisianos e egípicios retornaram por via terrestre a seus países, informou na quinta-feira a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A construtora brasileira Odebrecht iniciou a retirada de mais de 3 mil trabalhadores da Líbia, 200 deles brasileiros.
O regime de Kadafi enfrenta um isolamento cada vez maior, com críticas dos Estados Unidos, da União Europeia e dos vizinhos árabes, além de diplomatas e autoridades líbias que renunciaram aos cargos para aderir à revolução.
Dezenas de milhares de líbios e estrangeiros fogem do país por terra, mar e ar
Foto:
PATRICK BAZ/AFP
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