| 24/02/2011 20h47min
As manifestações na Líbia causaram temor nos mercados financeiros, provocando alta do preço do barril de petróleo. Apenas nesta quinta-feira o preço do petróleo atingiu os níveis mais altos dos últimos dois anos e meio, devido à instabilidade política naquele país. O preço do barril do petróleo tipo Brent alcançou um pico de US$ 119,79 na manhã desta quinta em Londres, antes de cair para US$ 114,65.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que os EUA "possuem capacidade para agir em caso de uma grande perturbação" nos preços do petróleo.
— Estamos discutindo com a Agência Internacional de Energia e os países produtores de petróleo os acontecimentos no mercado — disse.
A declaração foi feita em meio a pedidos para que os EUA colocassem no mercado parte de suas reservas estratégicas de petróleo, visto que o preço do barril superou US$ 100 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) e US$ 110 na plataforma ICE. A última vez que o preço do produto ficou tão alto foi em agosto de 2008.
O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, cujo país é um dos maiores produtores mundiais de petróleo, disse que a alta dos preços pode ser uma "ameaça séria" ao crescimento global.
O banco BNP Paribas afirmou que está revendo sua previsão e espera que o barril do petróleo tipo Brent continue a ser negociado no atual nível de preços. Segundo o BNP Paribas, o barril de petróleo deve atingir o preço médio de US$ 117 no segundo trimestre de 2011.
A produção de petróleo na Líbia
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a Líbia produz 1,6 milhões de barris de petróleo por dia, sendo responsável por 2% do petróleo extraído no mundo. Apenas no mercado europeu, a Líbia é responsável por 10% do abastecimento. A Itália é sua maior compradora. A atividade petrolífera é fundamental para a economia líbia, representando 95% de suas exportações e 25% de seu Produto Interno Bruto (PIB).
Atividades suspensas
Várias companhias petrolíferas suspenderam a produção do petróleo na Líbia durante a semana, entre elas a Total, da França, a Repsol, da Espanha, a austríaca OMV e a italiana ENI. A Wintershall, da Alemanha, também anunciou a suspensão de suas atividades no país norte-africano, que produziam cerca de 100 mil barris de petróleo por dia.
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