Ao menos 23 pessoas morreram e outras 44 ficaram feridas nesta quinta-feira em um ataque das forças leais ao líder Muamar Kadafi contra manifestantes na cidade de Al Zawiya, 60 km a oeste de Trípoli, informou o jornal líbio Quryna.

O jornal destacou que os feridos não podem ser levados aos hospitais devido ao intenso tiroteio, em todas as direções, envolvendo batalhões da segurança e mercenários.

Washington e Paris desejam que a Líbia seja expulsa do Conselho da ONU

Os Estados Unidos endureceram o tom nesta quinta-feira contra o regime de Muamar Kadhafi, apressando-se, ao mesmo tempo, em evacuar os americanos ainda presentes na Líbia. Washington, assim como Paris, desejam que a Líbia seja expulsa do Conselho dos Direitos do Homem da ONU, como forma de punir a violência da repressão a manifestações no país, segundo o Departamento de Estado.

A decisão, que deve ser debatida nesta sexta-feira em Genebra é a primeira medida concreta de represália mantida pelo governo Obama. O porta-voz da diplomacia americana, Philip Crowley, informou que uma decisão será tomada "rapidamente" sobre eventuais sanções diretas, bilaterais ou multilaterais, contra o regime do coronel Kadafi.

Em Paris, a presidência francesa divulgou um comunicado segundo o qual Barack Obama e Nicolas Sarkozy "exigem" juntos "o fim imediato do uso da força" na Líbia. O governo não cortou relações com o regime líbio .

O diretor político do Departamento de Estado, William Burns, conversou hoje duas vezes por telefone com o ministro líbio Mussa Kussa. Mas sempre levando em conta a cooperação com os aliados. Burns viajou à Argélia, após uma etapa no Cairo. Está sendo esperado agora à noite em Roma, para uma visita a um país que mantém ligações estreitas com a Líbia. A diplomacia americana, que não falou diretamente com Muamar Kadafi, conta com estes diferentes parceiros para transmitir suas mensagens.