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 | 21/10/2008 11h18min

Mário Sérgio é o técnico do Figueira com melhor campanha fora no Brasileirão 2008

Com 1 vitória e 1 empate, treinador teve aproveitamento de 66% longe do Scarpelli

Luciano Smanioto  |  luciano.smanioto@diario.com.br

Para confirmar as expectativas do técnico Mário Sérgio, o Figueirense terá que quebrar tabus. Se é fora de casa que o treinador espera somar os pontos necessários para escapar do rebaixamento, serão quatro oportunidades: duas delas diante de equipes que o alvinegro nunca venceu longe do Orlando Scarpelli.

A primeira já é justamente a próxima partida, diante do Santos, sábado, na Vila Belmiro, onde o Figueira só acumula derrotas desde o retorno à Série A do Brasileiro. Foram seis confrontos com mando do Peixe, todos com vitória do time santista. Mesmo quando os paulistas perderam o mando de campo, em 2004, e não puderam receber o Furacão na Vila Belmiro, a vitória no confronto ficou com os anfitriões: 4 a 1, no Estádio Wilson Fernandes Barros, em Mogi Mirim (SP).

O outro tabu a ser quebrado é diante do São Paulo, que o Figueirense nunca venceu dentro do Morumbi pelo Brasileiro. Já contra Grêmio e Botafogo a história é diferente. Diante do Fogão, foram três empates e duas vitórias jogando no Rio de Janeiro; e o tricolor gaúcho não vence o Figueira no Olímpico pela competição nacional desde 2003.

O problema maior de somar pontos fora de casa, a esta altura do campeonato, vem do contexto: Grêmio e São Paulo lutam pelo título, o Botafogo ainda quer uma vaga na Libertadores da América e o Santos vem em uma trajetória ascendente, depois de viver o drama do rebaixamento durante boa parte do campeonato.

Considerando toda a campanha do Figueirense, o bom desempenho fora de casa é uma situação recente, é fruto da "nova era Mário Sérgio". Com ele no comando, o time tem um aproveitamento de 66% nos jogos longe de Florianópolis.

Até então, jogar nos domínios do adversário era o calvário dos treinadores que o antecederam no cargo. PC Gusmão teve um aproveitamento fraco de 33% e chegou a ficar três jogos sem marcar gol. Pior foi o retrospecto de Guilherme Macuglia: foram três jogos como visitante e três goleadas, com 12 gols sofridos e nenhum marcado.

Portanto, não se trata de uma característica do elenco, pura e simplesmente. Pode ser uma condição criada pela estratégia montada por Mário Sérgio, dentro do que ele avalia que o grupo tem de melhor.

— Fora de casa estamos apresentando um bom futebol. As equipes que jogam em casa contra a gente pensam que vão encontrar um Figueirense defensivo, mas o Mário Sérgio escala bem o time, coloca o time para a frente — observou o zagueiro Asprilla.

— Não é porque jogamos com três zagueiros que jogamos na defensiva. Temos dois atacantes, um meia que chega bastante, então, a gente joga na base do contra-ataque e tem funcionado — conclui o jogador.

Com aproveitamento atual, adeus Sul-Americana

Independentemente de jogar fora ou em casa, o Figueirense precisa melhorar o aproveitamento nestes oito jogos que restam no Brasileiro. O desempenho com Mário Sérgio é de 40%. Se continuar assim, o time faria mais 10 pontos nos últimos 24 que tem a disputar e chegaria a 44 pontos. Seria uma pontuação suficiente para escapar do rebaixamento, mas não é um desempenho bom o bastante para conseguir uma vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem.

 
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