| 24/09/2009 15h40min
A expectativa revisada de moagem de cana-de-açúcar esperada para a Região Centro-Sul do país é de 529,5 milhões de toneladas, 3,7% inferior à expectativa inicial e 4,9% superior à moagem verificada na safra anterior, conforme a nova projeção da União da Indústria da Cana-de-Açúcar, divulgada nesta quinta, dia 24.
A previsão é que a quantidade de cana moída a partir da segunda quinzena de setembro até o final da safra seja praticamente a mesma verificada na safra anterior nesse período. As previsões meteorológicas indicam maior precipitação pluviométrica do que a verificada nos anos anteriores, o que não permite projeções de moagem maior até meados de dezembro de 2009.
A nova projeção de moagem indica uma disponibilidade de cana não esmagada superior a 50 milhões de toneladas no final da safra. Esse total equivale a uma quantidade de 6,5 milhões de toneladas de açúcares totais, que poderiam ser transformados em açúcar ou etanol. Dado o mix
atual das usinas, esse volume
equivale a mais de 2,5 milhões de toneladas de açúcar e mais de 2 bilhões de litros de etanol. Havendo condições favoráveis para a colheita, é possível que as unidades processem cana em plena entressafra ou antecipem o início da moagem, a exemplo do que ocorreu na última safra.
Com a nova projeção, a produção de açúcar esperada para a safra 2009/10 é de 29,35 milhões de toneladas, 5,9% inferior à expectativa inicial e superior em 9,7% à produção da safra anterior. Para o etanol, a expectativa é de uma produção de 23,75 bilhões de litros, 5,4% inferior ao produzido na safra anterior e 9,6% inferior à expectativa inicial para a atual safra. A redução nas exportações de etanol nesta safra, projetada para ficar 1,45 bilhão de litros aquém das exportações na safra anterior, contribuirão para que a oferta de etanol para o mercado interno permaneça a mesma da safra anterior, neutralizando portanto a queda na produção.
A quantidade de cana a ser esmagada até
o final da atual safra
é de 182 milhões de toneladas. Mantido o mix de proporção de cana direcionada para etanol, a produção até o final desta safra deverá atingir 8,65 bilhões de litros. Parte desse total será de etanol anidro, o que garante o nível atual de mistura na gasolina, de 25%. A expectativa é que a oferta e demanda de etanol hidratado no mercado doméstico sejam regulados pelos preços vigentes no mercado, considerando-se que a frota brasileira de veículos flex já representa mais de 36% do total de veículos do Ciclo Otto rodando no país.