| 18/04/2009 20h03min
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, propôs hoje aos colegas presentes na 5ª Cúpula das Américas que a próxima edição do encontro aconteça em Havana. A sugestão foi recebida com risos e aplausos dos presidentes na primeira sessão plenária da cúpula, que acontece em um ambiente de cordialidade e respeito, segundo disseram vários líderes presentes.
— Vou sugerir uma travessura: por que não fazemos a próxima Cúpula das Américas em Cuba? — perguntou Chávez.
Cuba, o único país do continente ausente na cúpula, foi o tema principal do evento, devido aos pedidos da maioria dos países para que o país retorne ao seio da Organização dos Estados Americanos (OEA). O outro pedido insistente aos Estados Unidos foi para que coloque fim ao embargo econômico à ilha.
— Os presidentes sul-americanos coincidiram na necessidade de integrar Cuba a estas cúpulas, e o presidente Obama ficou de estudar o assunto — disse o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.
Hoje, a Casa Branca afirmou que a
melhora das relações com Cuba "depende das ações do governo cubano".
As discussões centrais |
CUBA |
O presidente cubano não estará presente na reunião – o país é o único que não integra a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nem por isso, deixará de entrar na pauta. Aliás, a situação de Cuba, que desde 1962 sofre um embargo comercial americano, deverá aparecer no discurso de muitos governantes latino-americanos – que já haviam pedido a Obama uma suavização das medidas em relação à ilha. |
RELAÇÕES VENEZUELA / EUA |
A Venezuela fornece cerca de 10% do petróleo importado pelos Estados Unidos. Ainda assim, os dois países viveram uma guerra de palavras durante o governo de George W. Bush, a quem o venezuelano Hugo Chávez se referiu como “diabo” em um discurso nas Nações Unidas. Sobre o atual presidente americano, Barack Obama, foi sucinto. “Ele é o líder do seu país e será um dos muitos que terei a oportunidade de conhecer”, afirmou. |
CRISE ECONÔMICA |
A crise econômica será o principal tema em discussão. Além de avaliar o seu impacto, os países também deverão definir medidas que podem ajudar a minimizar os efeitos da turbulência financeira. Diante da atual situação econômica dos EUA – nação onde a crise teve origem –, muitos países não estão dispostos a ouvir sermões dos americanos sobre como devem se comportar daqui para frente. |
Lula sugeriu que oficial do governo americano visite os países latinos cujas relações com os EUA estão praticamente rompidas
Foto:
Ricardo Stuckert, Presidência da República