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 | 21/05/2008 21h07min

Novo texto da Rodada Doha não define limites para subsídios agrícolas

Itamaraty afirma que texto "dá tratamento ainda inadequado a pontos relevantes das negociações"

Sonia Campos  |  reportagem@canalrural.com.br

A nova proposta apresentada pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para avançar nas negociações comerciais da Rodada de Doha ainda é "inadequada" em alguns aspectos, de acordo com nota divulgada pelo Itamaraty. Os textos revisados não abordam de forma adequada pontos relevantes das negociações, como os subsídios e tarifas agrícolas de países ricos. Os governos que fazem parte da rodada têm até o dia 26 para discutir as propostas.

O novo texto equilibra as demandas dos países emergentes e desenvolvidos. Desde 2001, os governos tentam reduzir as barreiras comerciais mundiais. De um lado, países como o Brasil buscam um maior acesso aos mercados agrícolas e, do outro, as nações ricas querem facilitar a exportação de produtos industrializados.

No documento, a OMC propõe que, no setor industrial, quanto maior o corte das tarifas de importação, mais direitos os países terão de escolher setores sensíveis para a proteção, aqueles que continuarão com barreiras. Segundo especialistas, no Brasil seriam o automobilístico, o químico e o de eletrônicos.

O documento da OMC apenas sinaliza que haverá tetos de ajuda financeira para cada produto e sugere que os valores dos subsídios da União Européia não ultrapassem o mínimo de 16,5 bilhões e o máximo de 27,6 bilhões de euros. Já para os Estados Unidos, os valores ficariam entre US$ 13 bilhões e US$ 16,5 bilhões.

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