| 17/04/2008 15h58min
Não fosse pelos países em desenvolvimento, o ritmo de crescimento da economia mundial estaria bem mais lento. É o que afirma relatório publicado pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
De acordo com a análise, o enfraquecimento da demenda nas economias desenvolvidas reduziu o crescimento econômico de 3,7% para 3,4% no ano passado. Mas o aumento de 7% das regiões consideradas em desenvolvimento sustentou a alta.
O crescimento na maioria das regiões em desenvolvimento foi sustentado pela alta nos preços dos produtos básicos, que compensou o enfraquecimento da demanda. Por outro lado, esse aumento pressiona a inflação que, segundo a OMC, pode levar à redução da estimativa de crescimento da economia para este ano, que é de 4,5%.
- Temos problemas para determinar um número porque há tanta incerteza no mundo que não se pode prever com exatidão - afirmou o economista-chefe da OMC, Patrick Low.
Os preços internacionais dos cereais dobraram em um ano. Contudo, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), espera-se que a produção aumente 2,6% este ano, algo que, se acontecer, acalmaria a situação, segundo a OMC.
- As conseqüências de tudo o que acontecer este ano são muito difíceis de saber - avaliou Low.
Por enquanto, está previsto que o crescimento econômico nos mercados desenvolvidos seja de 1,1% e fique acima de 5% nos países emergentes.
Esses resultados poderiam se traduzir em um crescimento de 2,6% da produção mundial e uma expansão próxima a 4,5%, descontada a inflação, no comércio global.
EFE