| 01/03/2008 13h36min
As projeções anuais feitas pelos Estados Unidos, e também pelo Brasil, em relação à produção de carnes, mostram que mesmo com crises como o recente episódio de suspensão da compra do produto pela União Européia, o Brasil deve se firmar como o maior exportador do mundo. Nos próximos 10 anos, o setor de carne bovina, por exemplo, deve crescer cerca de 60%.
O posto conquistado pelo Brasil deve ser fortalecido pela capacidade de produção. Campos de sobra e alimento em fartura para o gado, diminuem os custos e garantem preços competitivos. Muito diferente do que acontece em outros países, onde falta espaço e é preciso utilizar ração.
Os modelos utilizados pelo Brasil e pelos Estados Unidos para projetar a produção de carne são diferentes: o do Brasil leva em conta até mesmo a quantidade de chuva e o dos EUA é mais global. Mesmo assim, os números são bem parecidos.
Pelos cálculos do governo americano, em 2018 o Brasil deverá estar exportando 961 mil toneladas de carne suína por ano. A expectativa do Ministério da Agricultura é de 970 mil toneladas ano, consolidando o país como o terceiro maior exportador.
Na venda externa de carne de frango, os Estados Unidos dizem que em 10 anos o Brasil venderá 4 milhões de toneladas do produto. Para o Ministério da Agricultura, o número chegará a 4,5 milhões ao ano.
A diferença maior ocorre em relação à carne bovina. Hoje o Brasil exporta 1,65 milhão de toneladas do produto por ano. Os cálculos do Ministério mostram que, em 2018, o número deve ficar entre 4,5 milhões e 5,5 milhões de toneladas. Os Estados Unidos falam em 3 milhões de toneladas.
O coordenador geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, afirma que apesar de algumas diferenças encontradas no relatório norte americano, ele tem importância porque influencia o mercado e ajuda o produtor a planejar a criação.
CANAL RURAL/BRASÍLIA