A nuvem do vulcão chileno Puyehue, que chegou hoje ao Estado, avançou sobre o território gaúcho e alcançou a cidade de Pelotas, conforme registrou o aeroporto local às 17h desta segunda-feira. Na fronteira do Brasil com o Uruguai, primeira região do RS a ser atingida pela nuvem na manhã de hoje, a paisagem semiencoberta foi atribuída às cinzas geradas pela erupção.

 
Em Santana do Livramento, nos pontos mais altos da cidade, foi possível ver hoje o horizonte encoberto pela nuvem cinza Foto: Ligiane Brondani

Segundo a meteorologista Estael Sias, é possível e até provável que a névoa vista nas imagens feitas nestas cidades sejam a famosa nuvem.

— Quando são nuvens de chuva é possível se ver o limite delas. Na nuvem de cinzas não. Ela tem aspecto de neblina e pode ser confundida, mas pela baixa umidade e pelo horário é mais provável que sejam partículas de rocha e cinzas mesmo.

A imagem do satélite Meteosat, utilizada para detectar a presença de cinzas e dióxido de enxofre gerados pela erupção, confirma essa possibilidade: as áreas coloridas em vermelho e amarelo indicam a concentração dessas substâncias na Metade Sul, às 15h de hoje.

Um vídeo divulgado no YouTube (abaixo) mostra o céu de Pelotas na tarde desta segunda-feira.




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