| 25/05/2011 23h57min
O Santos venceu o Cerro Porteño, do Paraguai, por 1 a 0 na noite desta quarta-feira, no estádio do Pacaembu, e deu um grande passo para a final da Libertadores. Assim como nas quartas e oitavas, o Peixe voltou a vencer pelo placar mínimo.
Com o resultado, o time de Muricy Ramalho precisa apenas de um empate no jogo de volta para se classificar. Caso o Cerro vença pelo mesmo placar do jogo de ida, haverá pênaltis. Para conseguir a vaga, a equipe paraguaia precisa vencer por dois gols de diferença. Se o Santos fizer um gol no Paraguai, o Cerro terá de fazer três.
No retrospecto recente dessa Libertadores, o time paraguaio segue como freguês da equipe santista: foram duas vitórias e um empate nos três confrontos entre os dois até agora.
O primeiro tempo foi marcado por um equilíbrio tático, só desequilibrado por Neymar. No segundo, o Santos se resguardou e administrou o resultado, ao passo que o Cerro não levou perigo.
Talento faz a diferença
O primeiro tempo foi marcado por bons posicionamentos defensivos. E o que seria melhor para romper esse panorama do que o talento de Neymar, para decidir no fim do primeiro tempo?
O Cerro Porteño esteve bem defensivamente durante o jogo. Sem a bola, a equipe paraguaia recuava cinco jogadores ao meio de campo e esperava os contra-ataques principalmente pelo lado esquerdo, com Fabbro, Torres e César Benítez.
Ofensivamente, a tática foi um fracasso: os poucos jogadores do ataque visitante se perdia na boa marcação santista - destaque para a versatilidade de Danilo e Arouca. Defensivamente, porém, deu certo: as chances do Santos eram poucas e quase sempre passavam pelos pés de Neymar.
O Peixe chegava principalmente pelo lado esquerdo com a aproximação de Léo a Neymar, com Elano encostando na área. Contudo, as chances não surgiam. Até que, aos 43, o talento venceu a tática: Neymar dominou na entrada da área, deixou três jogadores para trás e, em velocidade, cruzou na medida para Edu Dracena testar firme e abrir o placar para o Santos. Vantagem boa ao fim da primeira etapa.
Jogo cai de intensidade
No segundo tempo, o Santos começou o jogo claramente tirando o pé. Seguro defensivamente e encarando um ataque quase inoperante e de uma jogada só - pela esquerda, com Fabbro e Benítez -, o Peixe não passava muito perigo.
O time paraguaio também tentava as bolas aéreas, mas sem efeito. Taticamente, os jogadores de ataque estavam muito distantes e, na troca de passes, a defesa santista antecipava-se bem. A marcação do Cerro continuava eficiente.
Em alguns lampejos, o Santos ainda demonstrava força, principalmente com a aproximação de Elano. O Cerro não. Com a bola no pé, a equipe paraguaia pouco fazia e criava: um mar de volantes no meio de campo cansava de trocar passes inconsistentes, que pareciam conformar-se com a derrota.
De ruim, o torcedor santista ainda viu Léo sair lesionado após receber pancada no pé direito, aos 36. E assim terminou o jogo com um belo resultado para a equipe da Vila Belmiro.
O Santos agora volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No próximo sábado, às 18h30min, o Peixe vai ao Engenhão enfrentar o Botafogo pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
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