O projeto alvinegro começou a ganhar corpo no mês passado, quando Mauricio Assumpção esteve na Europa e foi recebido pelo ex-jogador e atual dirigente do Bayern de Munique na cidade austríaca de Salzburg. O encontro foi costurado com ajuda de Carlos Alberto Torres, amigo de Beckenbauer desde o fim da década de 70, quando atuaram juntos pelo Cosmos (EUA). O capitão do tri, inclusive, esteve presente no tour europeu do Alvinegro. No fim, o resultado da conversa surpreendeu positivamente a cúpula botafoguense, já que o Kaiser (Imperador, em alemão) aceitou intermediar com a Volkswagen, multinacional automobilística com sede em Wolfsburg e que patrocina o time, o projeto do Fogão para repatriar Diego.

Inicialmente visto com desconfiança pelo próprio jogador, o sonho alvinegro começou a ficar mais viável com a intervenção de Beckenbauer e o momento ruim vivido pelo clube alemão, que está prestes a ser rebaixado na Bundesliga. Até o pai de Diego confirmou nesta quinta-feira que a chance de um retorno do filho ao Brasil depende de um projeto sólido. E o do Fogão se mostrou consistente, já que uma parceria com a Volks seria suficiente para bancar o salário de Diego.

O projeto tem como um dos pilares aumentar a exposição de Diego, que está desde 2004 na Europa, na tentativa de um retorno à Seleção Brasileira. O jogador, de 26 anos, nunca foi chamado por Mano Menezes, tendo sido convocado por Dunga pela última vez durante as Eliminatórias para a Copa de 2010.