O Fluminense confirmou nesta segunda-feira a rescisão contratual com o atacante Emerson. O desvínculo aconteceu de comum acordo, sendo assim, o Tricolor não terá que arcar com nenhum ônus ao jogador. Segundo o assessor da presidência, Mário Bittencourt, a saída do Sheik se deu por uma 'incompatibilidade' com a diretoria e deixou claro que, pelo menos nesta gestão, as portas das Laranjeiras estão fechadas para o autor do gol do título brasileiro do Flu, ano passado.

– Houve incompatibilidade que não vale expôr agora, até para a preservação do atleta, que tem que seguir seu caminho – disse Bittencourt, que justificou a demora para a rescisão (foram quase 10 dias de reuniões com os procuradores do atleta, Rodrigo Pitta e Reinaldo Pitta), porque a ideia era repassá-lo a outro clube. Porém, ninguém procurou pelo Sheik:

– Havia essa possibilidade, mas não houve procura e tivemos que seguir por esse caminho a rescisão.

O dirigente também deixou aberta a possibilidade da contratação de reforços para suprir a saída do atacante. Porém, só se manifestará sobre isso após a partida contra o Libertad-PAR, quarta-feira, em Assunção, pela Copa Libertadores.

– Entendemos que agora não é momento para falar sobre isso. Mas temos a possibilidade de inscrever mais dois atletas, mas só falaremos disso após a classificação – completou.

Os atritos entre Emerson e a direção já vinham se arrastando há algum tempo. Porém, na véspera da partida contra o Argentinos Juniors, no dia 20 de abril, a divergência teve seu estopim com outro ato de indisciplina do atacante: na saída do treino em Buenos Aires, ele começou a cantar "O bonde do Mengão sem freio", que lhe rendeu, primeiro, o afastamento, depois, a saída definitiva do clube tricolor.