| 10/01/2011 02h54min
Afinado com Paulo Odone, o torcedor gremista colocou em prática já no domingo as palavras dadas pelo presidente na tarde anterior. Segundo Odone, o Grêmio teria de fazer do limão, que seria a volta frustrada de Ronaldinho, uma doce limonada. Ontem, mais de 200 gremistas se espremeram para ver o treino no campo suplementar. Cantaram sem parar e deram ares de jogo ao trabalho comandado por Renato.
Em meio às centenas de torcedores, apenas uma faixa recordava os irmãos Assis Moreira: “R10 e Assis, que Deus perdoe vocês, porque a nação gremista não vai perdoar”. De resto, imperou a velha e contundente tática de ignorar a quem não se quer bem. Valia até comemorar gol como se fosse decisão. Diego Clementino chutou cruzado, venceu Marcelo Grohe e foi festejado.
Com o retorno do craque frustrado, os gremistas usaram a Libertadores como consolo. Para o publicitário Diosefer Freitas, 24, quem perdeu mais com toda a novela foi o jogador:
– Ronaldinho é passado. E foi ele quem mais perdeu, não jogará a Libertadores.
O sentimento espalhava-se como os cânticos da Geral. Parecendo uma frase ensaiada, os torcedores reiteravam o desdém por Ronaldinho afirmando, com o peito estufado:
– O Grêmio é maior do que ele.
A manifestação, além de confortar o clube, ganhou eco no vestiário. Os jogadores usaram o mesmo tom do outro lado da tela. Jonas resumiu o sentimento no vestiário:
– Seria maravilhoso, mas não aconteceu. Agora, o trabalho continua, temos uma Libertadores pela frente. E isso é o mais importante.
lucas.rizzatti@zerohora.com.br
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